PCP


Homenagem em Grândola
a Manuel Sobral



Grândola Vila Morena passou a ter, no dia 25 de Abril, um novo nome na sua toponímia. A um belo largo junto ao Tribunal foi dado o nome de Manuel Sobral, destacado dirigente comunista, que foi membro da Comissão Política do CC e que faleceu em Fevereiro do ano passado.


Luísa Araújo, companheira que foi de Manuel Sobral, deslocou-se a Grândola, acompanhada da filha e de mais familiares, e descerrou a lápide que ficou a dar nome ao largo. Foi uma cerimónia simples e comovente, em que não só participaram familiares e amigos de Manuel Sobral como numerosos militantes e dirigentes comunistas, entre os quais Francisco Lopes, membro do Secretariado e da Comissão Política, e José Catalino, do CC e da DORS, responsável pela organização de Grândola.

Luísa Araújo, ladeada pelo Presidente da Câmara, Fernando Travassos, por Figueira Mendes, Presidente da Assembleia Municipal, e por Matos Gago, da Comissão Promotora da homenagem, proferiu um breve discurso, recordando o companheiro, «o homem que ao longo da vida foi criando muitos amigos, reconhecendo neles o valor da amizade, que, nos momentos mais difíceis, o Manel traduzia pelas palavras - temos grandes amigos.

«Recordo o homem», disse ainda, «que abraçou a luta por uma sociedade mais justa, mais fraterna, a sociedade do respeito e da igualdade.

«Recordo o comunista, o homem que optou por uma vida de grande dedicação à causa da classe operária, dos trabalhadores e do povo.»

Manuel Sobral seria ainda lembrado durante o almoço comemorativo do 25 de Abril, realizado nas instalações da Feira e em que participaram cerca de duas centenas e meia de pessoas. Matos Gago, que tomou a palavra após a intervenção de António Pedro, Presidente da Junta de Freguesia de Melides, propôs um brinde à memória do homenageado, fazendo votos para que as ideias que o falecido dirigente perfilou e divulgou encontrem cada vez mais seguidores entre os trabalhadores e o povo.

Luísa Araújo, membro do Secretariado e da Comissão Política do PCP, interveio no final, referindo-se ao momento particularmente complexo que se vive nos planos social, económico e político, destacando as tarefas a levar a cabo em defesa da democracia e dos interesses e direitos dos trabalhadores e acentuando a importância das eleições autárquicas deste ano e a necessidade de travar uma grande batalha pelo reforço do PCP e pela vitória da CDU.