Contra novo despedimento
no Complexo Grundig

Os trabalhadores da Grundig/Blaupunkt levaram a cabo, na noite de 24 de Abril, uma vigília, deslocando-se da empresa até à Avenida Central bracarense, para protestar contra a tentativa de despedimento de 231 pessoas.

A União dos Sindicatos de Braga revelou que está a tomar medidas para contrariar «esta provocação, montada, programada e dirigida pelo Governo Civil, Ministério da Economia e administração da empresa».

Em carta dirigida à população da cidade, as organizações representativas dos trabalhadores da Grundig recordam que a empresa beneficiou, desde 1991, de centenas de milhares de contos de subsídios comunitários a fundo perdido, que se deveriam destinar à criação de novos postos de trabalho. «No entanto, durante o mesmo período, já concretizou dois despedimentos colectivos que totalizaram, juntamente com as rescisões de contrato forçadas, mais de três centenas de trabalhadores efectivos despedidos» - denunciam os ORTs.

Chiado

Em vigília, junto à residência oficial do primeiro-ministro, estiveram segunda-feira os trabalhadores da zona incendiada do Chiado, informou o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Lisboa. Segundo o CESL/CGTP, os funcionários que perderam os empregos devido ao incêndio de 1988 reclamaram de António Guterres e do Governo o cumprimento das promessas, o aumento das pensões de reforma, justiça social e medidas para evitar situações de exclusão social.

Viseu

Antigos trabalhadores da empresa SITAL, falida há quase 20 anos, vão reunir-se amanhã à tarde no centro de trabalho do PCP, em Viseu, para analisar o actual estado das coisas e determinar formas de intervenção.

Os trabalhadores ainda não viram satisfeitos os seus créditos e não compreendem as razões por que o tribunal e o gestor da massa falida não dão o processo por encerrado. Na nota de imprensa que anuncia a reunião, refere-se que o produto da alienação dos bens da empresa é suficiente para pagar a todos os credores e o património já foi todo vendido há vários anos.