TRABALHO


Autarquias
em luta



Os trabalhadores da Administração Local iniciaram segunda-feira uma série de vigílias junto da residência oficial do primeiro-ministro. Durante toda a semana, activistas e dirigentes do STAL e do STML entregam diariamente um ofício, por via protocolar, exigindo do Governo o cumprimento do acordo que subscreveu com os sindicatos em Janeiro do ano passado.

Estas vigílias inserem-se num conjunto de lutas que culminarão com uma greve nacional no dia 19 de Maio (16 de Maio na RA dos Açores), greves sectoriais e recusa de trabalho extraordinário.

Os trabalhadores das autarquias protestam contra a diferença, que não cessa de aumentar, entre o salário mínimo nacional e o índice 100 da Administração Pública. Reclamam segurança e estabilidade de emprego, reestruturação e revalorização das carreiras profissionais, o pagamento do subsídio de insalubridade, penosidade e risco, e a reposição do direito às ajudas de custo (e do subsídio de insularidade, nos Açores). Exigem ainda que páre o processo de privatizações de serviços públicos de água, saneamento e lixos.


Chiado

Concentrados dia 28 de Abril junto à residência oficial do primeiro-ministro, os trabalhadores da zona incendiada do Chiado reclamaram medidas para resolver ou minorar a grave situação social criada pelas entidades patronais, que após o sinistro fugiram às suas responsabilidades para com os funcionários, e pelo Governo, que permitiu as ilegalidades patronais e não acciona mecanismos à sua disposição para acautelar os interesses dos trabalhadores.

Em São Bento os trabalhadores deixaram propostas concretas. Se não houver uma resposta do Governo, terá lugar uma vigília, no mesmo local, na noite de 16 de Maio.


Supermercados

Trabalhadores e activistas sindicais vão estar amanhã à tarde na Praça de Londres, enquanto decorre no Ministério do Emprego uma reunião para tratar o processo de revisão da contratação colectiva do sector dos super e hipermercados. A Fepces/CGTP acusou a associação patronal (APED) de boicote e solicitou a passagem à fase de conciliação. Federação e sindicatos têm ainda exigido que a Inspecção do Trabalho fiscalize mais eficazmente as condições laborais nas grandes superfícies, onde prolifera o trabalho clandestino e a mão-de-obra alugada, a par de permanentes violações de direitos legais e contratuais.