Alentejo em Lisboa
pelo emprego e o desenvolvimento

Uma delegação de autarcas alentejanos desloca-se esta tarde à residência oficial do primeiro-ministro, para lhe apresentar um conjunto de propostas visando a criação de empregos e o desenvolvimento do Alentejo. Uma iniciativa do Conselho da Região Alentejo, face à ausência de resposta a mais um pedido de audiência.

Em causa estão as conclusões avançados pelo Conselho da Região do Alentejo, em reunião de 8 de Maio alargada às Câmaras Municipais do Alentejo, Associações de Municípios, Regiões de Turismo e Assembleias Distritais. Concretamente - a implementação de medidas que possibilitem o investimento, no Alentejo, de pelo menos 10% do Quadro Comunitário de Apoio (actualmente de apenas 4%); o reforço do Programa Operacional da Região do Alentejo (em 25 milhões de contos); um reajustamento da gestão dos Programas Sectorias; ultrapassar atrasos no Programa de Desenvolvimento Integrado do Alqueva.

O documento, aprovado nesta reunião alargada, sublinha que a região "precisa de realizar um conjunto de reformas, diversificar a base produtiva, implementar um conjunto de estímulos à instalação das empresas, criar uma indústria transformadora que acrescente valor à matérias primas e crie postos de trabalho sustentáveis, definir e executar uma política de investigação aplicada e de aumentar o investimento público e privado".

Neste quadro, o Conselho da Região considera particularmente urgente a conclusão e aprovação de um Programa de Desenvolvimento Integrado para a Zona de Influência de Alqueva e do Plano de Rega do Alentejo, de par de outras infra-estruturas e projectos estratégicos (reformas estruturais na agricultura, floresta, indústria agro-alimentar e comercialização, decisão sobre o papel do porto de Sines e da Base Aérea de Beja, extensão ao Alentejo da rede de de gaz natural).

O documento aprovado refere ainda a necessidade de apoiar, em particular, sectores de actividade com maiores perspectivas na região - vinha, olival e azeite, horto-frutícolas, beterraba sacarina, pecuária, alimentos preparados para animais, cortiça e madeira, rochas ornamentais e ambiente, concentrados pirosos.

A elaboração do Plano de Desenvolvimento Estratégico Integrado para o Alentejo surge como a base essencial para a concretização destes objectivos "numa perspectiva integrada", potenciadora da "articulação e das sinergias entre as acções sectoriais".