TRABALHO

As lutas continuam!


Marcha pelas 40 horas
no sábado em Guimarães



Com a participação solidária já confirmada de diversas personalidades, trabalhadores da indústria têxtil, de vestuário e calçado e de outros sectores que lutam desde Dezembro pela redução efectiva dos horários de trabalho exigida pela Lei 21/96 marcham sábado de manhã desde Nespereira (cruzamento das estradas de Vizela a Moreira de Cónegos) até Guimarães (Largo do Toural).

Esta marcha, promovida pela União dos Sindicatos de Braga e apoiada pelas demais estruturas da CGTP no Norte, tem por principais objectivos protestar contra a continuação das ilegalidades e burlas do patronato, que insiste em manter o trabalho ao sábado e eliminar as pausas, e contra o não cumprimento pelo PS das promessas feitas quanto às 40 horas.

Os sindicatos querem ainda chamar a atenção do poder e da opinião pública para o aumento do desemprego no Norte.

Na marcha pelas 40 horas, pelo emprego e pelos direitos - adiantou a União dos Sindicatos de Braga - participarão, ao lado de trabalhadores em luta, despedidos e desempregados, o coordenador da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, e outros sindicalistas, o padre Constantino Alves (assistente nacional da Juventude Operária Católica e da comissão nacional da Pastoral Operária), presidentes de conselhos directivos de escolas do Vale do Ave, professores, presidentes de juntas de freguesia da região, dirigentes da Liga Operária Católica, a presidente da Confederação Nacional de Acção sobre o Trabalho Infantil, o escritor José Manuel Mendes, o dr. Macedo Varela e outras personalidades.


Hospital
das Amoreiras

Em luta contra o encerramento do Hospital Clínico das Amoreiras e pela salvaguarda dos postos de trabalho, os trabalhadores desta unidade concentraram-se dia 12 junto ao Ministério da Saúde e vão estar amanhã, ao fim da manhã, frente ao Ministério do Emprego. «Num Estado democrático a sério, este escândalo de corrupção que origina os despedimentos não teria lugar, pois o direito ao trabalho devia ser um direito sagrado e um direito de cidadania», protesta o Sindicato da Hotelaria do Sul. Na nota de imprensa distribuída segunda-feira o sindicato afirma que «em nome do endeusamento ao dinheiro e ao lucro fácil, através de vários expedientes, espezinham-se as pessoas, criam-se problemas humanos, muitos dos quais com consequências inimagináveis».


Aljustrel

Foi convocado para anteontem, nas instalações do Sindicato dos Mineiros, em Aljutrel, para preparar a acção de luta que está marcada para Lisboa, junto à residência do primeiro-ministro, com o objectivo de reclamar a reabertura da mina, o aumento dos salários e a garantia de medidas que permitam o desenvolvimento económico e social do concelho - anunciou a Federação dos Sindicatos da Metalurgia, Metalomecânica e Minas de Portugal.