TRABALHO



Aljustrel exigiu em Lisboa
reabertura da mina


A exigência de reabertura das Pirites Alentejanas, com laboração suspensa desde Maio de 1993, trouxe sexta-feira a Lisboa uma ampla representação de mineiros, autarcas e jovens de Aljustrel. Junto à residência oficial do primeiro-ministro os manifestantes reclamaram ainda a actualização dos salários dos trabalhadores da mina e a concretização das prometidas soluções alternativas para garantir uma sólida actividade económica no concelho.

Num comunicado que foi distribuído à população e aos jornalistas, critica-se o executivo por manter a mina parada, «quando as cotações já ultrapassaram todos os valores que o Governo apontou para a exploração ser viável». «Como se pode querer para a região um futuro melhor, se o principal motor de desenvolvimento económico e social, a mina, continua parado?» - interroga-se no documento.

No próprio dia da manifestação, a Lusa revelou que foi garantida, por parte do Ministério da Economia, a instalação de uma unidade da Papelaco em Aljustrel, que deverá permitir a criação de 100 postos de trabalho até meados de 1999. O Ministério, refere a Agência, considera que a reabertura da mina passa por um processo de emagrecimento da sua estrutura.

Os mineiros alegam haver condições para a reabertura da mina, considerando o sindicato do sector que a criação de outras actividades complementares não pode ser vista como alternativa à actividade mineira.