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Portagens no Tejo
PS esquece promessas


A política de portagens para a travessia do Tejo foi o tema de uma pergunta formulada pelo deputado comunista António Filipe na sessão de perguntas da passada sexta-feira, que obteve do Governo a resposta vaga e evasiva de que os futuros aumentos de portagens na Ponte 25 de Abril e as futuras portagens na nova ponte ficarão dependentes do «mérito» de cada uma das travessias e das condições de atravessamento e descongestioinamento, "no respeito pelos compromissos assumidos pelo Estado no contrato de concessão".

António Filipe, perante esta resposta, confrontou o secretário de Estado das Obras Públicas com as posições que o PS assumiu, enquanto partido da oposição, a propósito das portagens na Ponte 25 de Abril e citou inclusivamente um projecto de lei do PS entregue na AR em Junho de 1994 que dispunha que "o regime de portagem na Ponte 25 de Abril visará exclusivamente objectivos de manutenção e regulação da procura local, devendo as suas actualizações e alterações seguir cursos não superiores aos da inflação", e ainda que "na Ponte 25 de Abril não serão autorizadas quaisquer cobranças para além das referidas no número anterior, nomeadamente as que possam contribuir, a qualquer título, para a viabilização de outros projectos de atravessamento do Tejo.

Propostas que, segundo António Filipe, o PS parece ter esquecido.