INTERNACIONAL



Hong Kong regressa à China


A partir da próxima terça-feira a ilha de Hong Kong volta a fazer parte da China, agora como região administrativa especial. Um acontecimento histórico que culmina um processo iniciado em Dezembro de 1984, quando Londres e Pequim acordaram a reintegração do território na China, assinando a Declaração Conjunta Sino-Britânica que se conclui no dia 1 de Julho.

Hong Kong fora cedida «perpetuamente» à Grã-Bertanha após a Guerra do Ópio (1840-42) e os chamados «Novos Territórios», na parte continental, «arrendados» por um período de 99 anos, a partir de 1 de Julho de 1898.

De acordo com os acordos sino-britânicos, durante os próximos 50 anos a China compromete-se a não interferir directamente nos assuntos internos de Hong Kong (exceptuando nos assuntos de defesa e diplomacia), a manter os sistemas legal e legislativo em vigor, a economia capitalista e o porto franco.

O actual Conselho Legislativo será substituído por uma Legislatura Provisória, constituída por membros designados pela China. Todos os cargos estão ocupados ou nomeados.

Tung Chee Hwa, o futuro chefe do governo de Hong Kong, apelou recentemente à unidade, argumentando que «neste momento histórico não devemos estar divididos». Para Hwa, «o império da lei, um funcionalismo público limpo e eficaz, um ambiente económico livre e competitivo, uma política fiscal prudente e o princípio da igualdade de oportunidade para todos» são os principais fundamentos para o prosseguimento do êxito económico da ainda colónia britânica.