INTERNACIONAL



Israel
Netanyahu a braços com contestação


O Governo israelita está a sofrer uma nova onde de protestos. Ao mesmo tempo que os israelitas se manifestam nas ruas e exigem eleições antecipadas, uma sondagem revelou que Benjamin Netanyahu perderia as eleições, se estas se realizassem agora.

A Praça Yitzhaak Rabin, em Telavive, a capital israelita, foi invadida no domingo por mais de 30 mil pessoas que exigiram a demissão do governo lidarado por Benjamin Netanyahu e a realização de eleições antecipadas. Ao mesmo tempo, numa outra praça da cidade, outros milhares de isralitas manifestavam-se contra a influência crescente dos ultra-ortodoxos na vida da população.

Com a sua participação no executivo de direita eleito há cerca de um ano, os Harendi («Tementes a Deus») têm tentado proibir tudo aquilo que consideram contrário à religião hebraica, nomeadamente a condução de veículos e a abertura de estabelecimentos religiosos no Sabat.

Também os comerciantes palestinianos de Jerusalém-Oriental manifestaram o seu descontentamento em relação às autoridades israelitas. No mesmo dia, a Câmara do Comércio daquela cidade decretou uma greve de protesto contra a regularização dos impostos municipais atrasados e que se elevam a milhões de dólares.

A greve contou com o apoio da Autoridade Nacional Palestiniana e do Comité Executivo da OLP, que apelaram à participação nesta jornada de protesto «em resposta à vaga de colonização que esvazia a cidade dos seus habitantes e a isola da sociedade palestiniana».

Entretanto, o diário israelita Maariv publicou uma sondagem que revela que, se as eleições legislativas se realizassem agora, o actual governo ficariam apenas com 33 por cento dos votos contra 43 por cento dos Trabalhistas. Este inquérito reflecte o ambiente vivido no país, inclusivamente dentro do próprio governo. No início da semana passada, 11 dos 66 membros da coligação governamental abstiveram-se durante um voto de confiança no Parlamento.

 

Congresso do PC de Israel

O Comité Central do PCP enviou uma saudação ao 23º Congresso do Partido Comunista de Israel, realizado entre 25 e 28 de Junho, elogiando a sua «luta pela defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo israelita, pelos direitos nacionais do povo palestiniano e por uma paz justa e duradoura no Médio Oriente».

«Apesar de todos os obstáculos que se colocam às forças do progresso social, da paz e do socialismo, a luta de emancipação nacional e social dos trabalhadores e dos povos não vai parar. As contradições geradas pelos interesses das transnacionais e os povos e países vão agravar-se. A luta vai continuar. O PCP considera que é da maior importância o reforço da solidariedade e cooperação entre os partidos comunistas e outras forças do progresso social. É neste espírito que confirmamos a nossa solidariedade com a vossa luta e vos manifestamos uma vez mais a nossa vontade de agir para que se reforcem os laços de amizade e solidariedade existentes entre o PCP e o PCI», lê-se na mensagem.

O PCP fez-se representar neste congresso por Domingos Lopes, membro do CC.