TRABALHO


Sindicatos de Braga
na luta pelas 40 horas


Prossegue este fim de semana e pela 33ª semana a luta dos trabalhadores pela aplicação da lei que reduz o horário de trabalho para as 40 horas semanais. A União dos Sindicatos de Braga (USB) vai levar a efeito depois de amanhã, sábado, uma acção pública junto das empresas que não cumprem a lei, com a presença do Coordenador da CGTP-IN, Carvalho da Silva. Entretanto, a USB informa que após as férias (em princípio a 20 de Setembro, pelas 9 horas) vai levar a cabo uma «Vigília pelas 40 horas» em Guimarães, no Largo do Toural, para o que estão a ser convidadas «personalidades prestigiadas da Igreja Católica e de sectores de intervenção tão diversos como a música, o desporto, o ensino, a cultura, artes e letras, Direitos Humanos, Direitos da Mulher, capitães de Abril e personalidades com relevante passado político democrático». A USB sublinha que «a luta pelas 40 horas e pela exigência do cumprimento da lei vai acentuar-se até que o Governo deste País se convença que as leis são para cumprir e fazer cumprir».

 

Guardas florestais
amanhã em greve

Entretanto amanhã, sexta-feira, os Guardas Florestais entram em greve como forma de protesto «pelo facto de o Conselho de Secretários de Estado não ter ainda aprovado o projecto de diploma legal que revaloriza a carreira profissional destes trabalhadores», afirma um comunicado da Comissão Executiva da FNSFP.

Esta luta surge na sequência da grande concentração da classe realizada em 15 de Junho passado à porta da residência oficial do Primeiro-Ministro, exigindo do Governo respeito pelas negociações efectuadas com a Direcção Geral das Florestas em torno da melhoria do estatuto profissional dos Guardas Florestais.

O projecto de diploma legal não aprovado pelo Conselho de Secretários de Estado do passado dia 7 e devolvido ao Ministério da Agricultura «resultou de um processo negocial levado a cabo entre Agosto e Dezembro do ano passado, entre a Direcção Geral das Florestas e a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública. O próprio Ministro da Agricultura deu o seu aval ao projecto acordado, pelo que não se compreende que, agora, o mesmo seja posto em causa e a sua aprovação adiada indefinidamente».

Deste modo, e tal como foi decidido pelos Guardas Florestais, o processo de luta vai prosseguir amanhã, dia 18 de Julho, com uma greve nacional de 24 horas, «não estando posta de parte a hipótese de serem concretizadas novas formas de luta durante o mês de Agosto».