Satisfação e preocupações
com o acordo sobre a Torralta

A luta dos trabalhadores e o seu protagonismo foram fundamentais para contrariar a tese da falência, mas a assinatura do acordo de aquisição de créditos entre o Estado e a Sonae, no passado dia 9, não significa o fim das preocupações, afirmam o Sindicato da Hotelaria do Sul e as estruturas representativas do pessoal da Torralta, numa nota divulgada segunda-feira e onde anunciam a decisão de encetar novos contactos com o ministro da Economia e com a administração da Sonae.

Ressalvando que, «na globalidade, os termos do acordo são desconhecidos e existem cláusulas ainda por resolver, que eventualmente poderão originar um retrocesso», a nota regista que, «por parte da Sonae, não ficou claro que o relacionamento futuro com os trabalhadores e seus legais representantes será um relacionamento institucionalmente aceite, onde, em diálogo permanente e participado, se discutirão os problemas dos trabalhadores e se encontrarão as soluções que melhor sirvam ambas as partes».

As declarações feitas por Belmiro de Azevedo e Augusto Mateus, apontando para uma perspectiva de desenvolvimento da Torralta, colocam em causa a anunciada necessidade de reduzir o quadro de trabalhadores, afirmam o sindicato e as ORTs da empresa.