TRABALHO


Correios e Telecomunicações

Conflito à vista



Em comunicado, o Secretariado Nacional do Sindicato informa que se estão a realizar sessões de esclarecimento e plenários em todo o País, depois de a empresa ter abandonado as negociações sem que nenhum sindicato tenha dado o seu acordo.

"As negociações da matéria salarial do Acordo de Empresa dos CTT para 97 foram encerradas unilateralmente pela Empresa ao fim de somente três sessões", refere o comunicado, adiantando que, "pela primeira vez na história dos CTT, a empresa recusou-se a actualizar as diuturnidades e a maioria dos subsídios".

O SNTCT considera que, atendendo ao facto de a produtividade ter aumentado 7,8 por cento e a empresa ter tido um resultado positivo de 10,8 milhões de contos, parte das retribuições são congeladas para "«enterrar» o dinheiro no buraco do Fundo de Pensões que tem um défice de 185 milhões de contos".

Segundo o Sindicato, a empresa recusou-se a negociar uma sua proposta que garantia a igualdade de direitos para todos os trabalhadores no caso de doença e acidentes, já que desde Maio de 1992 os novos trabalhadores recebem menos que os antigos.

"Além da recusa de negociar, do congelamento das diuturnidades e da discriminação dos jovens, está também em causa o nosso regime privado de saúde", refere o sindicato, que alerta para para a acelerada "degradação do serviço", exemplificando com o facto de não haver sequer, "em muitos pontos do País, médicos de clínica geral".