PCP


Com prejuízo para as populações

Lutas internas no PS paralisam CCR Alentejo



Existe uma grave situação no seio da CCRA (Comissão Coordenadora Regional do Alentejo), designadamente no plano da sua estrutura dirigente, onde se verificam desinteligências, com nefastos reflexos no funcionamento deste organismo desconcentrado do Governo na região. A denúncia partiu da Comissão Concelhia de Évora do PCP, que, em comunicado, atribuiu esta situação às "contradições e lutas internas" do PS, à sua "instrumentalização partidária" e ao "manobrismo eleiçoeiro destes cargos públicos".

A testemunhar esta realidade, de acordo com o comunicado da concelhia do PCP, estão as sucessivas demissões que têm ocorrido naquele organismo, tornando-o, pode ler-se, "praticamente ingovernável ao ponto da sua total paralisia ou sujeição exclusiva à estratégia eleitoral do PS para a Câmara Municipal de Évora."

Primeiro, recorde-se, foi a demissão do então presidente da CCRA, Carlos Figueiredo, a que se seguiu um atribulado processo no seio do PS que conduziu à nomeação interina do PS à Câmara, José Ernesto Oliveira, como presidente em regime de substituição. Agora, foi a demissão de Domingos de Sousa do cargo de vice-presidente da CCRA.

Estes factos, na opinião dos comunistas de Évora, para além de reflectirem as referidas contradições e lutas intestinas no PS, demonstram a "total incapacidade da actual direcção da CCRA para levar por diante as responsabilidades que lhe estão acometidas, devido aos desequilíbrios regionais que provoca e aos danos que causa às autarquias locais, quando, em sede de apreciação das suas candidaturas e projectos, as sujeita a decisões discriminatórias com manifesto prejuízo para o Alentejo e suas populações".