INTERNACIONAL


EUA
Motoristas em greve



Mais de metade dos trabalhadores da United Parcel Services estão em greve há mais de uma semana em luta por aumentos de salários e criação de novos empregos a tempo inteiro.


As negociações entre os representantes da direcção da United Parcel Services (UPS), o ‘patrão’ americano das entregas rápidas, e os do sindicato dos motoristas em greve, os ‘teamsters’, foram rompidas no sábado, em Washington, sem que as partes tivessem chegado a acordo. Não foi fixada qualquer data para novas negociações.

A greve, que dura há mais de uma semana, paralisou 185.000 motoristas e encarregados de manutenção representados pelos ‘teamsters’ - num total de 300.000 empregados da sociedade -, em luta por aumentos de salários, segurança no emprego e reformas. Os ‘teamsters’ exigem nomeadamente a criação de novos empregos a tempo inteiro, enquanto 57 por cento dos empregados do grupo UPS trabalham a tempo parcial.
Desde o início da greve, a UPS - que detém 80 por cento do mercado norte-americano - apenas consegue assegurar 10 por cento das suas actividades.

A intransigência da direcção da UPS levou o presidente dos ‘teamsters’, Ron Carey, a afirmar que as negociações «não tinham sentido», e que «está na hora de nos prepararmos para uma longa greve». Também o mediador representante do governo federal, John Calhoun, reconheceu que as negociações eram «muito, muito difíceis».