PCP


CAMPANHA NACIONAL DE FUNDOS
já chegou aos 100 mil contos!


A Campanha Nacional de Fundos em que o PCP está empenhado desde Março e que se propõe atingir os 200 mil contos até final do ano, já chegou a metade. Uma centena de milhares de contos já foram contabilizados. As perspectivas de levar a bom termo esta iniciativa nacional do PCP e mesmo de ultrapassar a meta fixada são boas.


Resultado do precioso esforço militante de muitos milhares de camaradas e também das contribuições de muitos amigos do Partido que centralmente têm correspondido à Campanha, os 100 mil contos - metade do valor fixado como meta a ser atingida até final do ano - foram recentemente ultrapassados, o que deixa entrever o êxito desta iniciativa que, recorde-se, tem como objectivo fundamental garantir os meios materiais necessários para o desenrolar de uma activa e bem sucedida campanha eleitoral da CDU nas próximas autárquicas.

Se no interior do Partido a meta indicada podia logo de início ser considerada realista - contava-se com a séria experiência deste tipo de iniciativas que foram coroadas de êxito no passado, como a campanha dos 150 mil contos para as últimas legislativas -, fora do Partido, os valores a atingir poderiam ser considerados ambiciosos. O facto de se haver alcançado nesta quadra do ano, os 100 mil contos, desmente mais uma vez as considerações de quantos apostavam no enfraquecimento do PCP e da sua base social de apoio.


Um sucesso político

O camarada Henrique de Sousa, do Secretariado do Comité Central, falando ao «Avante!» acerca do desenvolvimento da Campanha Nacional de Fundos, referiu-se às particularidades desta iniciativa, assinalando que a dimensão dos custos das centenas de «campanhas autárquicas» municipais - e dos milhares, se pensarmos em termos de freguesias - tornam relativo o carácter dos números. «É necessário», disse, «para manter e reforçar os resultados da CDU nas autarquias, um grande empenhamento. É uma tarefa exigente, pois agimos num quadro desproporcionado de recursos, já que as outras principais forças concorrentes são apoiadas pelo poder económico e político. Este desafio exige uma grande e mobilizadora solidariedade».

«Esta Campanha de Fundos», sublinhou ainda Henrique de Sousa, «no seu valor, natureza e funções, tem de ser compreendida nas suas especificidades, no seu ritmo e características, e radica na rica experiência que os comunistas têm no recurso à solidariedade junto de todos os que compreendem o carácter indispensável da actividade e intervenção política do PCP.

«A recolha de fundos que está em curso depende em grande parte da própria dinâmica das iniciativas locais que já se integram na batalha das autárquicas, e esses fundos são, no fundamental, para serem aplicados localmente. Apenas uma pequena percentagem das recolhas nas organizações é transferida para a Caixa Central do Partido, para apoiar as despesas do PCP na actividade nacional.»

Henrique de Sousa valorizou ainda o facto de se ter alcançado já os 100 mil contos:

«Trata-se de um sucesso político o ter-se atingido agora metade do valor da campanha, a pouco mais de quatro meses da data para a sua conclusão», afirmou.

O dirigente comunista referiu-se também à diversidade de situações, em termos nacionais, quanto às contribuições de cada organização. Há organizações mais adiantadas nas metas que se propuseram alcançar, destacando-se Lisboa, Setúbal, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Emigração e JCP - todas estas atingiram pelo menos um terço dos seus objectivos para a Campanha Nacional. Outras, mais atrasadas, terão de redobrar esforços na ponta final da campanha.


Confiança

A Campanha alcançou metade do seu objectivo em cerca de metade do tempo. O que faz encarar com confiança o seu posterior desenvolvimento. Há que ter em conta que ainda não teve início o período de mais intensa actividade política, nomeadamente aquela directamente ligada com as autárquicas. A Festa do «Avante!» marcará a «rentrée» e proporcionará um novo impulso à acção política do PCP e da CDU na batalha eleitoral que aí vem. Daí para a frente e até às eleições as iniciativas vão multiplicar-se e com elas novas ocasiões de promover a recolha de fundos. Por outro lado, a Campanha Nacional de Fundos ela própria deverá ser encarada como uma actividade de massas no apoio político ao PCP e à CDU, às suas propostas e candidaturas.

Henrique de Sousa sublinhou a experiência e os testemunhos recolhidos ao longo destes meses, reveladores de que a receptividade da Campanha é boa, tanto dentro do Partido como fora dele. «Sempre que se tomam iniciativas, elas são bem sucedidas e bem recebidas. A questão não é a da receptividade e compreensão dos objectivos da Campanha, mas a das forças, energias e atenções que se consegue mobilizar para esta tarefa da actividade geral intensa do Partido.

«No período após as férias - para quem as teve -, com maior intervenção e intensificação da actividade política, com início na Festa do «Avante!», se as organizações fizerem uma cuidada avaliação e controlo de execução das tarefas, compromissos e objectivos, associando a Campanha à intensa dinâmica local, com milhares de contactos, iniciativas e actividades, é possível atingir e mesmo ultrapassar o objectivo nacional que nos propusémos.»