PCP


A Festa a crescer !


A Festa do «Avante!» está a crescer a olhos vistos.
Aos olhos, evidentemente, de quem faz uma visita à Atalaia e se dá conta do trabalho já realizado. Os numerosos pavilhões, com as suas estruturas já montadas no sempre novo arranjo do espaço, revestem-se de placas, começou a decoração.
Nos interiores, projectados segundo as necessidades de cada edição da Festa, são montadas as distribuições de água e luz, as exposições estão a ser preparadas para posterior colocação. É claro que ao visitante será difícil não dar uma mãozinha no trabalho variado e vasto que ali o aguarda. E no último fim de semana - a que se juntou o feriado de sexta-feira - muitos camaradas e amigos foram dar uma ajuda. Fazia falta, como sempre. É que na Atalaia, cada vez mais infraestruturada - o que torna cada edição mais fácil de realizar - há muito trabalho a fazer. Para os que na mão-de-obra são especialistas e para os que o não são, há sempre uma tarefa à espera. E à hora do almoço, juntando farnéis, um convívio que alivia o esforço do trabalho e torna a jornada apetecível. Só faltam duas semanas...

Todos os anos a Festa do «Avante!» ganha novos adeptos. E quem lá vai uma vez deseja sempre repetir a experiência. Que o digam os milhares de habitués que não perdem uma edição por nada deste mundo. As razões não faltam. A Festa do «Avante!» continua a ser o maior acontecimento político cultural do país. Sempre diferente e melhor de ano para ano, apresenta uma incrível variedade de espectáculos, exposições, uma vasta oferta de restaurantes e bares, uma feira do livro e uma discoteca, artesanato nacional e internacional, para além de todos os equipamentos e infraestruturas de apoio, raras de encontrar em festivais ao ar livre. Note-se que a Quinta da Atalaia tem uma excelente rede sanitários, um parque de campismo, zonas de lazer para piqueniques, um posto médico, caixas multibanco, telefones públicos, etc. Durante os três dias, as carreiras de transportes públicos, fluviais e terrestes, são reforçadas, assim como são criados vários parques de estacionamento nas proximidades do terreno. Por seu turno, as autoridades asseguram medidas excepcionais que facilitam o escoamento do trânsito.

É por tudo isto que dá gosto lá ir todos os anos.

Divulga a Festa! Vem e traz um amigo contigo!

Dentro de 15 dias a Festa abre as suas portas aos visitantes. Como habitualmente, os mais atrasados deixam para a última da hora a compra das suas Entradas Permanentes, formando longas filas junto às bilheteiras. Contudo, há meses que a EP se encontra disponível nos centros de trabalho do PCP e nas mãos de muitos militantes que compreendem a necessidade da sua venda antecipada.

Se ainda não tens a EP, não esperes pelo último dia. Evita a maçada das filas de espera e ajuda a Festa. A EP é a sua única fonte de receitas e o seu único financiamento.

Após o sucesso dos anos anteriores, o Comboio da Juventude CDU está de novo a ser organizado pela JCP. Com partida do Porto (Campanhã), paragens em Gaia, Espinho, Aveiro, Coimbra, Entroncamento Santarém e chegada a Lisboa (Santa Apolónia), os interessados podem reservar os seus bilhetes e obter todas as informações necessárias nos Centros de Trabalho do PCP e da JCP.

Os bilhetes são de ida e volta e incluem a desclocação em autocarro especial até à Festa do «Avante!».

Os preços, que naturalmente, dependem do local de partida são os seguintes: Porto e Gaia - 4.000$00; Espinho - 3600$00; Aveiro - 3.100$00; Coimbra 2.500$00; Entroncamento - 1500$00; Santarém - 1300$00

Com espectáculos especialmente concebidos para serem representados na rua, o Teatro está na Festa este ano concentrado num espaço ao ar livre equipado com uma palco e bancadas para o público. Comédia, drama, música, acção são ingredientes desta festa que certamente irá entusiasmar a assistência. Em cena vão estar a Associação Teatral «O Olho», com a peça «O Mundo Morre a Ocidente III», espectáculo que abre a programação de sábado, pelas 16 horas. O público pode ainda assistir a mais três peças representadas pelos grupos Teatro Art'Imagem e Teatro ao Largo.


Teatro Art'Imagem:
«Deuses Como Nós»

É uma versão livre, baralhada e reduzida dos doz míticos trabalhos de Hércules.
Já passaram mais de dois mil anos na eternidade da vida de Zeus e dos outros deuses... Dois mil anos é muito tempo e Zeus aborrece-se...
Enquanto no Olimpo Juno e Vénus fazem aeróbica, ginástica de manutenção e seguem as telenovelas, os concursos e toda a programação da televisão, o principal passatempo de Zeus é vir à Terra para noites de folia com Mercúrio e Baco...
Hércules simples pator que se torna joguete dos deuses numa luta feroz, descobre a ambição e a ganância, recorrendo então a todos os artifícios para subir ao Olimpo e, junto a seu pai, reinar sobre homens e deuses.
Mas... Já não vivemos na Grécia Antiga e hoje as virtudes que Hércules deve provar possuir são outras, mais modernas mas nem por isso mais fáceis.
«Esta é a moral da história de António Hercules dos Prazes, filho de Zeus e de uma comum mortal...»
«Deuses Como Nós» é a 42º produção do Grupo, estreada em outubro de 1996 no Forum da Maia, na abertura do 2º festival de teatro Cómico da Maia.
O texto é de Ricardo Alves que participou ainda na encenação juntamente com José Leitão e Pedro Carvalho. A interpretação está a cargo de Jorge Pinho, José Leitão, Lúcia Ramos, Marta Mateus, Pedro Carvalho, Vitória Horta, entre outros.


Teatro ao Largo:
«Arlequim»...

«Arlequim» - a segunda produção em 1997 do Grupo Teatro ao Largo - é uma farsa inspirada no estilo de Commédia dell'Arte, adaptada de um Teatro Clássico de Feira «La Tête Noire» de M. Lesage (1721).
Escrita originalmente para ser representada nos mercados e feiras de Paris e arredores, no século XVII, por uma trupe de actores viajantes é uma comédia cheia de acção, com personagens coloridas e sequências cómicas.
A peça centra-se num velho sovina (pantaleão), e o seu criado engenhoso (Arlequim), que para enganar uma velha irmã sobre uma herança, inventa um plano absurdo que obriga Arlequim a passar por sua sobrinha. O plano não resulta mas o divertimento é garantido para todos quer sejam crianças ou adultos.
Estreada em Fevereiro deste ano, em Vila Nova de Mil Fontes, A peça é representada pelos actores Pureza Pinto Leite, Luís Santiago, Paulo Oliveira, Vanessa Rigg e Stephen Johnson, este último também responsável pela encenação.


... e «Salomé»

Trata-se de mais um espectáculo do Grupo Teatro ao Largo, o segundo produzido em 1997. «Salomé» é um texto da autoria de Paddy Fletcher, escritor residente na companhia «Footsbarn Travelling Theatre» e baseia-se na conhecida história de Salomé e João Baptista, sendo entrelaçada com elementos de coro grego, teatro de rua e música ao vivo.
Salomé, viúva, volta para casa de sua mãe, Herodias, Tabém viúva, que agora está casada com Herodes, o irmão do seu marido. Entretanto, João Baptista anda a agitar a população contra Herodes, por causa do seu casamento imoral e é levado para a prisão. Herodias, obcecada por este homem espiritual e selvagem, tenta seduzi-lo. Salomé só quer o perdão aos pés de João Baptista...
Estreada em maio passado, em Vila Nova de Mil Fontes, esta peça recebeu os elogios da crítica especializada e os aplausos do público. É encenada por Stephen Johnson, que entra também no elenco de actores juntamente com Pureza Pinto Leite, Luís Santiago, Lia Gama, Paulo Oliveira e Vanessa Rigg.


O Olho - Associação Teatral:
«O Mundo Morre a Ocidente III»

«O Mundo Morre a Ocidente III» é uma peça levada à cena por «O Olho» associação teatral que desenvolve a sua actividade na cidade de Almada. É um trabalho que se debruça sobre a linguagem baseando-se numa história de uma personagem muda que morre e ressuscita três vezes. Encenado por João Garcia Miguel, a interpretação está a cargo de Ana Borralho, José Pedro Garcia, Maria Radich, Miguel Borges, Mónica Samões e Rita Só.

O Palco Liberdade, situado no espaço de Setúbal, irá mais uma vez promover a iniciativa «Novos Valores» destinada a agrupamentos de todo o país que pretendem chegar a um público mais vasto.

Os grupos foram seleccionados segundo critérios que visaram assegurar não só a qualidade como a variedade de opções musicais. Assim, durante a noite de sexta-feira e todo o dia de sábado, neste palco têm lugar os mais diversos géneros musicais, desde a música de intervenção à de raiz popular, do rock à pop, hard rock, heavy metal, entre outros.

A noite de sexta-feira começa com o X-Posed (Barreiro), a que se seguem os grupos «Estado Sónico» (Marinha Grande) e «Jardins de Pedra».

O dia de sábado é ocupado com os seguintes grupos: «Dog Bone» (Maia); «LSD» (Viana do Castelo); «União de Loucos» (Lisboa); «Canto Moço» (Beja); Grupo de Cantares «O Sincelo» (Viseu); «Portuscalem» (Sintra); «Projecto Intervenção» (Lisboa) e «As Endyabradas» (Abrantes).

Com tantas propostas, vale a pena descobrir o que de novo se produz na música portuguesa.

Populares são todos os palcos da Festa. Contudo, o Arraial é aquele que mais vocacionado está para as expressões musicais tradicionais do nosso país. Durante três dias, este espaço é ocupado por grupos folclóricos, bandas filarmónicas, corais, orquestras ligeiras, não esquecendo é claro a noite de sábado, que tal como em edições anteriores, será animada por um grupo de baile.

A reter para já, e a confirmar depois na Revista da Festa, na sexta-feira, a partir das 20.30, ali se ouvirão cantares alentejanos seguidos pela consagrada Banda da Sociedade Musical Fraternidade Operária de Grândola. Refira-se que esta formação irá este ano marcar a abertura da Festa.

Sábado é o dia das danças etnográficas. A programação começa com o Rancho Folclórico de Montessão ( de Coimbra), seguindo-se o Grupo Folclórico das Bordadeiras da Casa do Povo de Cardielos (Viana do Castelo); o Rancho Folclórico Flores da Beira (Porto Salvo - Oeiras); o Grupo de Danças e Cantares Tradicionais de Rio Meão (Faial); Grupo Coral Unidos do Alentejo. O sábado termina em festa com o grupo de baile «Pró Sat».

A tarde de domingo é dedicada ás danças e cantares do Alentejo. Até à hora do comício, pelas 17 horas, aqui actuarão, entre outros, o Grupo Coral Alma Alentejana de Garvão (Ourique-Beja); os Pioneiros de Vendas Novas (Évora); o Rancho de Sor (Portalegre); o Grupo Coral Feminino do MDM (Aljustrel - Beja) e o Rancho da Cortiçada do Lavre (Évora). No final, todos os agrupamentos dão corpo a um desfile que termina junto ao Palco 25 de Abril onde terá lugar o comício.

Porém, a Festa continua no Arraial. Logo ao início da noite, actua o Grupo Típico de Danças de Afonsoeiro, terminando o programa com a Orquestra Ligeira do Grupo Recreativo da Cruz de Pau.

Mais de 400 atletas e 40 equipas estão já inscritos na Corrida da Festa que partirá no domingo, 7 de Setembro, perto da Quinta da Atalaia.

Esta prova de estrada é destinada a participantes de ambos os sexos, representantes de clubes federados ou não, e a atletas individuais. Este ano, ao contrário do que tem sucedido nas edições anteriores da Corrida da Festa, o escalão de juniores não poderá participar devido a uma decisão da Comissão Nacional de Estrada e Corta-Mato que impede estes atletas de alinhar em percursos superiores a 10 quilómetros.

Contudo, o nível de inscrições já atingido permite afirmar sem receio que mais uma vez esta iniciativa será coroada de êxito, continuando a afirmar-se com uma das maiores manifestações desportivas com carácter popular do nosso país.

As inscrições irão continuar até 29 de Agosto, devendo os pedidos ser enviados para «Corrida da Festa do Avante!», Av. António Serpa, nº26 3º Dtº - 1050 Lisboa. Tel. 7969141, ou fax 7969139.

 

Figuras do desporto
apoiam a corrida


Fernando Tavares:
«Celebrar o desporto»

Foi técnico da Federação Portuguesa de Atletismo e trabalha actualmente como técnico de Educação Física da CM do Seixal. Eis o seu depoimento.

«A Corrida da Festa do Avante! é por tradição a festa da corrida, com tudo o que tal significa: participação popular, festa, divertimento, solidariedade, companheirismo e acima de tudo a libertação através do desporto.

Este ano a Corrida da Festa terá também uma componente inolvidável: será a primeira oportunidade dos amantes do Atletismo festejarem publicamente os óptimos resultados obtidos em Atenas, nestes últimos Campeonatos do Mundo de Atletismo. Festejemos assim e gritemos bem alto os nossos vivas à prática desportiva, à solidariedade e amizade entre os participantes, à Teresa Machado, ao Domingos Castro, à Manuela Machado, à Fernanda Ribeiro e... à Carla Sacramento (até estamos em casa dela). Boa sorte para todos, uma óptima Festa da Corrida».

Armando Aldegalega:
«Pelo prazer do convívio»

É atleta do Sporting Clube de Portugal desde 1956. Obteve recentemente duas medalhas de bronze nos 10 mil metros de pista e cross por equipas, nos campeonatos do Mundo de Atletismo de Veteranos, realizados na cidade sul-africana de Durban. É um participante assíduo da Corrida da Festa.

«É com prazer que voltarei a participar na Corrida da Festa do Avante!. Esta já constitui uma verdadeira Festa do atletismo popular nacional e entrou no calendário de inúmeros atletas que a escolhem para iniciarem a sua época. Penso que é pelo prazer do convívio desportivo e cultural e do reencontro anual de muitos atletas que faz desta prova uma das mais populares do nosso país, atraindo centenas de atletas vindos de Norte a Sul do continente, da Madeira e dos Açores.

Lá estarei no dia 7 de Setembro, para competir e conviver com todos os participantes».

 


Os amantes do cicloturismo têm encontro marcado no próximo dia 31 de Agosto, junto à Quinta da Atalaia. Trata-se de uma prova promovida pela Comissão de Desporto da Festa do «Avante!», com o apoio técnico da Federação Portuguesa da modalidade, que à semelhança do ano passado, reunirá centenas de praticantes.

A Quinta da Atalaia é simultaneamente o local de partida e de chegada para um percurso que passa pelo Miratejo, Cova da Piedade, Almada, Pragal, Feijó, Vale Milhaços, Cruz de Pau, Casal do Marco, Seixal e de novo Amora.

As inscrições podem ser feitas até uma hora antes do início da prova, ou através dos telefones 2752777 e 2753939.


Sob o patrocínio da Festa do «Avante!», realiza-se no próximo dia 30 do corrente mês um concurso de pesca de mar. A iniciativa decorrerá na Baía do Seixal e a sua organização está a cargo da Sociedade Recreativa do Bairro da Bela Vista, Vale Fetal - Charneca da Caparica. Todas as informações e pedidos de inscrição devem ser feitos na sede desta colectividade.