Sinquifa receita regras claras
na propaganda médica


Assumindo-se como representante dos profissionais da informação médica, o Sindicato da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas emitiu um comunicado em que reage às notícias sobre o envolvimento da Bayer com médicos. «Tais notícias, a confirmarem-se, comprovam a razão e a justeza das posições deste sindicato quanto à necessidade de serem estabelecidas regras claras e sérias para a acção dos laboratórios junto da classe médica».

Para o Sinquifa/CGTP, ficaria assim «melhor salvaguardada a saúde pública», estariam «melhor defendidos os utentes dos serviços de saúde» e «os profissionais da informação médica não estariam sujeitos a imposições que atentassem contra a sua ética e dignidade profissionais».

O sindicato considera que «todas as acções que não se enquadrem na informação e promoção de especialidades farmacêuticas são da total responsabilidade das entidades patronais dos laboratórios, quando mandam executar planos e desenvolvem estratégias de aumentos desenfreados de vendas, não olhando a meios para atingir os fins — lucros».


BES e BTA
não cumprem

Apesar da responsabilidade, assumida, de viabilizar a Iberol, a Copaz e a Copisul, os bancos Totta & Açores e Espírito Santo deixaram aquelas empresas do ramo das oleaginosas «praticamente ao abandono», acusa o Sinquifa. Num comunicado de imprensa que divulgou na semana passada, o sindicato considera inadmissível que os bancos «não tenham actualizado os salários dos trabalhadores, tenham, para já, deixado atrasar o pagamento dos salários de Agosto e atirem as culpas para cima um do outro».

Os cerca de 150 trabalhadores da Iberol e da Copaz, em Alhandra, e da Copisul, em Évora, não são aumentados desde 1991, ano em que, recorda o sindicato, o BES e o BTA, por serem os principais credores, assumiram a gestão das três empresas. Em Outubro de 1996, concluído o processo de gestão controlada, os dois bancos decidiram viabilizar as empresas. «Mas a verdade é que, por motivos que desconhecemos e são no mínimo estranhos, durante o presente ano de 1997, a Copisul manteve-se parada, a Iberol não laborou e a Copaz funcionou apenas a 10 por cento, o que não deu para satisfazer todas as encomendas solicitadas pelos clientes mais fiéis e com os quais existem contratos assinados, designadamente de marcas próprias», denuncia-se no comunicado.

O Sinquifa exige que o Governo não fique indiferente e, «no mínimo», investigue o que se passa e assegure o emprego e o respeito dos direitos dos trabalhadores.