Sindicato das Pescas do Norte acusa
Armadores do cerco e motoras
não querem contratos



O Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte acusou na semana passada os armadores de não quererem negociar os contratos de trabalho para a pesca do cerco e motoras, e apelou ao Ministério do Emprego para que faça cumprir as leis.


Em comunicado citado pela Agência Lusa, o sindicato afirma que foi obrigado a pedir a intervenção do Governo nesta questão, já que «os armadores não querem negociar, para que tudo fique na mesma e para que possam continuar a pôr e dispor da vida dos pescadores a seu "bel-prazer", sem que haja regras».

As negociações dizem também respeito, segundo o documento, à revisão do contrato assinado em 1979 com os armadores na Póvoa de Varzim e Vila do Conde.

«O sindicato desde há muito que vem a contactar com os armadores para que sejam estabelecidos contratos de trabalho nestes segmentos de pesca no Norte, com os direitos e deveres das duas partes», refere o texto, informando que «já foram pedidas reuniões às associações de armadores, mas estes tudo têm utilizado para empatar as negociações, alegando desconhecimento da lei, falta de aprovação do regime jurídico ou falta de disponibilidade».

Após o pedido de intervenção do Ministério do Emprego, «apenas a VianaPesca contactou o sindicato manifestando interesse em reunir-se». «Lamentamos que os armadores insistam em desrespeitar e em não reconhecer os direitos dos trabalhadores e se recusem a negociar», comenta-se no comunicado sindical, recordando que «os trabalhadores da pesca lutam pela regulamentação das suas relações de trabalho há mais de 20 anos».