Carlos Carvalhas na Covilhã e em Castelo Branco
Confiança
no reforço das posições da CDU
É de confiança, muita confiança no reforço das posições da CDU nas autarquias onde concorre às próximas autárquicas, o clima que se respira entre os seus activistas e simpatizantes no distrito de Castelo Branco. No último domingo não faltaram indicadores dessa atmosfera no decorrer da passagem do Secretário-Geral do PCP por terras da Beira Interior.
Nas iniciativas de
apresentação de candidatos que contaram com a participação de
Carlos Carvalhas, todas elas fortemente concorridas, pese embora
o mau tempo que se fez sentir, a tónica dominante foi mesmo a
disponibilidade por todos evidenciada no sentido de um forte
envolvimento na próxima batalha eleitoral e a convicção
generalizada de que esse empenho poderá traduzir-se em novas
vitórias e, de um modo geral, em significativos avanços da CDU.
Disso mesmo é testemunho, a título de exemplo, o caso da
Covilhã. No almoço que reuniu cerca de duas centenas de
participantes, esgotando a cantina da Universidade da Beira
Interior, foi claramente explicitado pelos vários oradores que a
CDU está no terreno para "discutir a presidência da
Câmara Municipal".
Salientou-o Raposo Moura, médico, mandatário distrital da
Coligação, ao lembrar a qualidade da lista e a "grande
experiência autárquica" dos candidatos que a integram.
Desta realidade falou também Luís Garra, candidato à
presidência da Assembleia Municipal, fazendo notar,
simultaneamente, a importância da obra realizada pela CDU, bem
como do alcance do seu projecto de desenvolvimento e bem estar,
norteado exclusivamente pela preocupação de servir as
populações. Daí, concluiu, a serena confiança hoje existente,
alicerçada na "força da razão e das ideias", de que
a CDU é a "força alternativa para gerir os destinos do
concelho", no confronto com o candidatura da direita
protagonizada pelo PSD.
Argumentos de peso que ajudam a compreender as razões pelas
quais a CDU se perfila como força alternativa foram ainda
aduzidos pelo actual presidente da Junta de Freguesia do Paúl,
Vitor Reis Silva, agora candidato à presidência da Câmara da
Covilhã. Numa intervenção vibrante, frequentemente sublinhada
pelos aplausos dos presentes, enfatizou a necessidade de
"dar a volta a isto", objectivo por si justificado,
entre outros, com o facto de o PS e PSD, há 20 anos na Câmara,
"trabalharem mal".
Exemplificando, recordou que aqueles partidos "não fazem
obras para a população mas para os amigos", significando
com isso a acção tantas vezes pautada pela obediência a
"interesses especulativos e imobiliários".
Ao contrário, "a CDU trabalha em função das pessoas e
não dos interesses económicos instalados", referiu ainda
Vitor Reis Silva, antes de acusar o candidato socialista de
surgir de "pára-quedas" e de, por outro lado, não ter
qualquer experiência autárquica, fugindo ainda, tal como o
candidato do PSD, "ao debate de ideias".
Ganhar Canhoso
Uma atmosfera de grande festa
viveu-se ainda na recém criada freguesia de Canhoso. Nem a
inclemência do tempo, que fustigou durante todo o dia a região,
arrefereceu o entusiasmo das muitas dezenas de pessoas que se
concentraram para assistir à apresentação dos candidatos aos
órgãos autárquicos da freguesia.
Também aqui a palavra de ordem entre os comunistas e seus
aliados é trabalhar para conquistar a presidência da Junta. Um
objectivo perfeitamente ao alcance da equipa liderada por Manuel
Simões Serra, cuja competência, dedicação e experiência é
hoje por todos reconhecida. E o compromisso que assumem, como
salientou o cabeça de lista, é trabalhar, trabalhar muito, com
a população, para que "Canhoso siga no caminho do
progresso".
Eleger Carlos Vale
Em tudo idêntico - quer pela
confiança, quer pela elevada assistência, com significativa
presença de jovens -, foi o ambiente que a nossa reportagem foi
encontrar na festa de apresentação de candidatos aos órgãos
autárquicos do concelho de Castelo Branco. Ponto alto nesta
iniciativa que encheu o ginásio da Escola Secundária de um
público enstusiástico foi a intervenção de Carlos Carvalhas,
sobretudo centrada em questões relacionadas com a batalha
eleitoral para as autárquicas e em aspectos da actualidade
política.
A antecedê-lo, relevo para a intervenção de Carlos Vale,
empresário, candidato à presidência da Câmara Municipal de
Castelo Branco. Considerado pela "Gazeta do Interior"
como o "melhor autarca do distrito em 1996 ", este
empresário tem créditos firmados pela sua competente e
persistente acção como eleito da CDU há 18 anos na Assembleia
Municipal.
No quadro do reforço das suas posições, a eleição de Carlos
Vale - "uma figura de prestígio, valor e confiança",
como assinalou o candidato jovem Jorge Gomes - representa, pois,
uma aposta forte da CDU no sentido de "operar uma mudança
no concelho".
Uma mudança só possível de realizar - salientou-o Ana Amaral
Gonçalves, mandatária concelhia, referindo-se a Carlos Vale -
"por quem sempre revelou estar pronto a defender os
interesses da cidade".
Foi esse o compromisso que o candidato reiterou no domingo
passado ao dar a conhecer as suas propostas de intervenção
futura, seja para "acabar com o escândalo dos favores na
área do urbanismo", seja para pôr de pé um pelouro da
juventude.
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CDU é a alternativa na Covilhã
Existem fortes razões para o
bom ambiente que de um modo geral existe em torno das
candidaturas da CDU no distrito de Castelo Branco. O reforço das
suas posições em vários órgãos autárquicos constitui hoje
não apenas uma possibilidade real como corresponde a uma
necessidade de mudança crescentemente sentida por largos
sectores da população. Uma mudança que responda aos problemas
e anseios das pessoas. Em muitos casos, reconhecidamente, essa
alternativa só pode ser protagonizada pela CDU.
Armando Morais, membro do CC e responsável pelo distrito de
Castelo Branco, corrobora esta opinião e apresenta a Covilhã
como um exemplo em que a CDU se assume inequivocamente "como
força alternativa credível quer ao PS quer ao candidato da
direita". Fundamentando a sua afirmação, recorda, em
declarações à nossa reportagem, por um lado, a arrogância e
irresponsabilidade que marcaram o mandato do PSD, e, por outro, o
"marasmo e estagnação" que caracterizaram os últimos
quatro anos em que o PS esteve à frente dos destinos do
município da Covilhã.
Para o actual clima de confiança Armando Morais invoca ainda o
muito trabalho já realizado nesta fase de pré-campanha,
traduzido em inúmeras iniciativas, trabalho este que, acredita,
irá dar os seus frutos. Questionado, abre um pouco a ponta de
véu, e revela alguns dos objectivos: a presidência da Câmara
da Covilhã, a manutenção das freguesias onde a CDU detém a
maioria, a conquista de Canhoso, a recuperação das freguesias
Vila de Carvalho e Tortosendo.
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Carvalhas anuncia proposta do PCP
Incentivos
ao desenvolvimento do Interior
O PCP vai apresentar
uma proposta em sede de debate na especialidade do Orçamento de
Estado com vista à criação de incentivos à instalação de
empresas nas regiões do interior. O anúncio foi feito
pelo Secretário-Geral do PCP na deslocação que efectuou
domingo passado à Beira Interior. Carvalhas explicou que a
proposta que os deputados comunistas formalizam ainda esta semana
visa, a exemplo do que sucede com as regiões autónomas, dotar
as regiões do interior do País de um conjunto de incentivos ao
investimento, designadamente de natureza fiscal, capazes de
atrair a instalação de actividades económicas e promover o
desenvolvimento do comércio.
Era a resposta do dirigente comunista às acusações do PS de
que as autarquias geridas pela CDU, depois de resolverem os
problemas básicos das populações, não são capazes de
promover o desenvolvimento. Carvalhas desafiou Guterres a
comparar os índices e indicadores a todos os níveis da gestão
autárquica entre a CDU e as restantes forças políticas.
"Qualquer comparação revela que a CDU vai à frente em
todos os domínios", salientou o líder comunista, antes de
acusar o chefe do Executivo de se ter ficado pelas promessas e
de, ele sim, ter esquecido o interior do País.
Detendo-se ainda na questão do desenvolvimento, tema que abordou
nas várias intervenções que proferiu ao longo desta jornada da
CDU por terras beirãs, Carlos Carvalhas salientou que é o
Governo que tem vindo a comprometer o desenvolvimento ao
prosseguir uma política que em nome da moeda única fragiliza o
aparelho produtivo e acentua a injustiça na distribuição do
rendimento, favorecendo o capital em detrimento do trabalho.
Referindo que nas suas linhas fundamentais PS e PSD adoptam as
mesmas opções de política, Carvalhas convidou à reflexão
sobre o conteúdo do Orçamento de Estado. "Veja-se o que se
passa com os milhões de contos de benefícios fiscais para o
grande capital", observou, assinalando de seguida a
diferença que há entre estas benesses e o tratamento que é
dado aos reformados e ao aumento das suas pensões.
Presença constante nos discursos do dirigente do PCP foram ainda
as notas alusivas ao clima de "grande tranquilidade e
confiança" com que a CDU parte para esta batalha eleitoral,
facto em sua opinião explicado quer pela imensa "obra
realizada", quer pelas provas de "seriedade e
competência" dos eleitos desse "grande espaço de
liberdade e democracia" que é a CDU. J.C.