Festru divulga reivindicações
Camionistas portugueses
são «escravos do volante»


A federação dos Rodoviários levou a cabo segunda-feira uma jornada de esclarecimento e mobilização dos motoristas por melhores salários, mais direitos e horários de trabalho mais humanos.

Os motoristas de transportes rodoviários de mercadorias «desenvolvem uma actividade essencial para a economia, mas são considerados apenas como mais uma peça do camião, que é preciso rentabilizar», protesta a Festru/CGTP, na nota de imprensa em que anunciou as acções de dia 3, nas fronteiras de Vilar Formoso, Caia, Valença e Chaves. A federação sublinha que os camionistas «não têm vida familiar, trabalham de noite e de dia, com horários que chegam a atingir 17 e mais horas diárias, não têm descanso semanal nem férias, sendo autênticos escravos do volante».
Ressalvando que esta iniciativa «já estava prevista antes do anúncio da greve dos motoristas franceses» — com os quais se manifesta solidária —, a Festru aponta as principais reivindicações e propostas que apresentou, relativamente a reivindicações salariais, exigências ao Governo português e alterações à legislação comunitária:


«Avante!» Nº 1249 - 6.Novembro.97