Inter-Reformados apontou
objectivos organizativos


O elevado e crescente número de reformados, a necessidade da sua organização e a sua experiência laboral e sindical são factores que exigem do sindicatos «um esforço sistemático e generalizado», afirma-se na resolução aprovada pela 3ª Conferência da Inter-Reformados, que teve lugar dia 30 de Outubro, em Lisboa.

Neste documento são apontados dez «objectivos organizativos» para a actividade dos reformados no movimento sindical, entre os quais se incluem:

• «a assumpção clara, por parte de todas as organizações sindicais, nos respectivos estatutos e programas de acção, das formas de organização dos reformados e pré-reformados e dos seus direitos e deveres»;

• «a constituição de secções e comissões sindicais de reformados nos sindicatos e nas empresas e serviços»;

• «a implantação da Inter-Reformados nos sectores e regiões e o seu reforço na CGTP-IN»;

• «o recrutamento dos dirigentes sindicais que se reformam para a composição das comissões de reformados e dos órgãos da Inter-Reformados»;

• «condições para que os reformados sejam informados dos seus direitos e apoiados com diligências, iniciativas e lutas que dinamizem o seu exercício e efectivação».

Admitindo que «a Inter-Reformados é uma organização convergente, em muitos dos seus objectivos, e cruza-se frequentemente com o MURPI na intervenção no terreno e nas próprias formas organizativas», a conferência defendeu «a cooperação e a unidade de acção» das duas estruturas, «incluindo a eventual constituição de uma plataforma de coordenação».

Ao intervir no encerramento, Carvalho da Silva apelou à indignação perante o muito baixo nível de vida dos portugueses e, em particular, dos reformados. Para o coordenador da CGTP, esta realidade acentua o dever de reclamar um maior aumento do salário mínimo nacional e das pensões de reforma.


«Avante!» Nº 1249 - 6.Novembro.97