98 por cento de participação
nas eleições cubanas


Os delegados municipais do Poder Popular cubano foram eleitos nos dias 19 e 26 de Outubro. A taxa de participação foi de 97,59 por cento. Cada eleitor votou, de forma directa e secreta, num delegado à Assembleia Municipal pela sua circunscrição.

Segundo o Gramma - o orgão oficial do PC de Cuba - , a alta participação dos eleitores «revela a cultura política das grandes maiorias e a sua identificação com um sistema social e político que assegura toda a justiça e a igualdade social de que é capaz e mantem inalterável a participação política em igualdade de condições para todos os cidadãos».
«Esta é uma das garantias estratégicas para salvaguardar os interesses de todo o povo e, consequentemente, a unidade imprescindível para continuar com as medidas económicas», acrescenta o periódico.
Cerca de metade dos eleitos eram já membros da assembleia. Para o presidente da Comissão Eleitoral, Diaz Sotolongo, estas reeleições contituem «uma mostra de reconhecimento do seu trabalho durante o mandato e de confiança na sua gestão».
Dos eleitos na primeira volta, 17,12 por cento são mulheres e 12,50 por cento são jovens. No escrutínio, registou-se uma diminuição no número de boletins em branco e nulos em relação às eleições de 1995.
De acordo com as leis eleitorias cubanas, é eleito delegado quem receber mais de metade dos votos válidos. Se isso não acontecer, organiza-se uma outra votação. A segunda volta realiza-se igualmente se dois ou mais candidatos ficarem empatados.
As assembleias municipais constituem-se num prazo de 21 dias sobre a eleição de todos os delegados do país. Em cada uma, os seus membros elegem o presidente e o vice-presidente, também secreta e directamente.


«Avante!» Nº 1249 - 6.Novembro.97