Rússia e Japão estreitam relações


Durante a «cimeira informal» entre o presidente russo e o primeiro-ministro japonês, que se realizou em Krasnoiarsk durante o fim-de-semana, os dois líderes decidiram assinar até ao ano 2000 um tratado de paz entre os dois países.

Ao tomarem esta decisão, Boris Ieltsin e Ryutaro Hashimoto vêm pôr fim oficialmente à Segunda Guerra Mundial. O tratado, a ser assinado, irá devolver ao Japão o arquipélago das Curilhas, ocupado pela União Soviética no final do conflito.
Mas o encontro teve outros resultados. Além de reforçar os «laços pessoais» entre Ieltsin e Hashimoto - que no fim da cimeira se despediram na qualidade de amigos, tratando-se pelos nomes próprios - , foi decidido aumentar a cooperação entre os dois países no que toca à tecnologia nuclear civil. Foi também acordado que o Japão irá ajudar a Rússia a integrar-se na economia internacional e que vai ser estabelecido uma ligação directa entre Moscovo e Tóquio.
Entretanto na semana passada, a Duma ratificou a convenção internacional sobre a interdição de armas químicas, numa votação com 288 votos a favor, 75 contra e duas abstenções. O documento será submetido ao Conselho da Federação Russa.
A Duma já tinha adiado a ratificação devido aos elevados custos da eliminação das armas químicas e as «dificuldades económicas muito grandes» do país. A Rússia era o único membro do Conselho de Segurança da ONU que ainda não tinha ratificado o documento, assinado em Janeiro de 1993.


«Avante!» Nº 1249 - 6.Novembro.97