Alentejo
CDU É
PARA GANHAR!
Por José
Soeiro
Membro da Comissão
Política do CC do PCP
Estamos a pouco mais de um mês das eleições para as autarquias locais. Para trás fica já uma importante fase de todo este processo: a elaboração das listas para os diferentes órgãos. No Alentejo a CDU é a única força política que apresentou listas para todos os órgãos da região. Nem PS, nem PSD e muito menos o PP o fizeram. Na freguesia de Aldeia Velha, concelho de Aviz, a CDU já ganhou inclusive as eleições pois nenhuma outra força política apresentou lista à freguesia.
Renovação,
rejuvenescimento, maior número de mulheres e mais de metade dos
candidatos independentes testemunham a vitalidade da CDU na
região e são a melhor resposta a todos aqueles que passam o
tempo a vaticinar o declínio irreversível dos comunistas e
outros democratas da CDU em virtude, dizem, da sua incapacidade
de se renovar, de atrair jovens ou pela falta de abertura do PCP.
Maior número de participantes nas iniciativas públicas até
agora realizadas em comparação com 1993; ambiente de
confiança, alegria e festa; maior disponibilidade para as
tarefas a realizar; amplas manifestações de apoio às
candidaturas da CDU por parte de personalidades das mais
distintas áreas da vida cultural, social e económica;
constituem traços marcantes desta fase que afirmam a CDU como
uma força ganhadora no Alentejo nas próximas eleições de 14
de Dezembro.
Naturalmente que há razões, muitas e bem fundamentadas razões,
para que um número cada vez maior de homens, mulheres e jovens
manifeste a sua disponibilidade para participar activamente na
CDU, tal como há razões, cada vez mais e boas razões, para que
o Povo Alentejano continue a manifestar aos comunistas e outros
democratas da CDU o seu apoio e a sua confiança.
Desde logo porque a CDU é obra. Obra notável em todos os
municípios onde a CDU é maioria. Obra incomparavelmente
superior à obra realizada pelo PS, PSD ou PP nas regiões onde
estas forças políticas são maioria sejam elas Trás-os-Montes
ou o Minho, os Açores ou a Madeira.
No Alentejo, onde a CDU é maioritária, questões fundamentais
para a qualidade de vida das populações como o abastecimento de
água e o saneamento básico oscilam entre os 97 e os 100% e a
recolha de lixo é de 100% enquanto no norte do País, ao nível
do saneamento básico por exemplo, concelhos como Gaia ou Santo
Tirso de maioria PS não ultrapassam os 30% e Gondomar de maioria
PSD os 50%.
Mas esta mesma superioridade pode encontrar-se também em áreas
tão diversas como a cultura e o desporto; a defesa,
valorização e promoção do património histórico, cultural e
natural; as transferencias de verbas para as freguesias ou a
criação de espaços verdes e a defesa e preservação do
ambiente.
Na área do planeamento as autarquias CDU foram pioneiras na
elaboração de Planos Directores Municipais e até hoje as
únicas a elaborar Planos de Desenvolvimento Integrado de âmbito
supra-municipal - Planos Integrados dos distritos de Beja, Évora
e Setúbal.
Com uma ligação estreita às populações, tendo sempre
presente as suas necessidades e mais profundas aspirações, os
comunistas e outros democratas da CDU sentem um justificado
orgulho em, de mandato para mandato, poderem olhar as
populações olhos nos olhos e afirmar que a CDU honrou os seus
compromissos, que os programas apresentados foram cumpridos e, em
muitos aspectos, foram mesmo ultrapassados.
Mas a CDU não é apenas obra. A CDU é igualmente a força
necessária para fazer o que é preciso. Os programas eleitorais
já elaborados, na base do debate profícuo com todos os
interessados, aí estão a testemunhar que a CDU não procura
apenas afirmar-se pela notável obra realizada. A CDU tem ideias
inovadoras e projectos concretos para o futuro. Na base de planos
claros e exequíveis, elaborados na base de amplas discussões, a
CDU propõe-se prosseguir, com trabalho, honestidade e
competência, as alterações estratégicas e estruturais que,
enquanto componentes de um modelo de desenvolvimento sustentado,
contribuam de forma continuada para a melhoria da qualidade de
vida das populações.
As populações sabem que irão continuar a ter nos eleitos da
CDU gente que aspira ao poder não para se servir a si, aos seus
familiares ou amigos mas gente que quer o poder para servir o
povo, gente de uma só palavra, gente diferente, que cumpre o que
promete.
Mas, para além da obra feita, do projecto de futuro e da
diferença da forma de exercer o poder, outras razões contribuem
para que a CDU encare as próximas eleições autárquicas com
tranquilidade, serenidade e justificada confiança.
Por um lado a postura dos eleitos do PS e PSD nas autarquias de
maioria CDU para que foram eleitos, por outro a má gestão que
caracteriza de uma maneira geral o PS e o PSD nas autarquias onde
ainda são maioria e finalmente a política de direita que o PS
vem praticando no governo.
Em minoria pode dizer-se que os eleitos do PS e do PSD passaram
os 4 anos a abster-se ou a votar contra os planos de actividade e
os orçamentos que lhes eram apresentados mas sem nunca proporem
nada de concreto em alternativa. Porque acrescentar listagens de
projectos sem avançar quais os que deviam cair para lhes dar
cabimento orçamental, como fizeram nalguns casos, apenas revela
o reconhecimento da justeza e do caracter prioritário das
propostas apresentadas pela CDU.
Em autarquias como por exemplo Moura, Ferreira do Alentejo, Ponte
de Sôr de maioria PS ou Ourique, Vila Viçosa, Portalegre de
maioria PSD é visível a estagnação e a ausência do dinamismo
quando comparadas com a intervenção das autarquias de maioria
CDU.
Quanto à política do PS no governo são muitos aqueles que já
compreenderam que o PS discursa à esquerda quando está na
oposição mas governa à direita quando ganha as eleições.
Hoje está claro para um maior número de pessoas que o PS não
tem palavra, não honra os seus compromissos, não cumpre o que
prometeu. É uma evidência que os grandes beneficiários da
política do PS continuam a ser os Champalimauds, os Melos, os
Espírito Santos, os Jardins Gonçalves e outros grandes senhores
do grande capital.
O Orçamento de Estado para 1998 aí está a confirmar mais uma
vez a política de direita do PS. Para aumentar salários ou
reformas não há dinheiro, para dar combate ao desemprego não
há dinheiro, para cumprir a promessa de duplicar as verbas para
as autarquias locais ou para reforçar o Programa Operacional do
Alentejo não há dinheiro mas não falta dinheiro para aumentar
as benesses ao capital como sucede através das escandalosas
isenções fiscais que atingem os 225 milhões de contos em 1998.
Entretanto, tranquilidade, serenidade e justificada confiança
não podem significar menor empenho nas muitas tarefas a realizar
até 14 de Dezembro e das quais deve resultar um maior número de
votos e de eleitos da CDU.
Pelo contrário, tranquilidade, serenidade e justificada
confiança devem traduzir-se num redobrar de entusiasmo e
dinamismo por parte de todos os candidatos e activistas no
sentido de ganhar mais homens, mulheres e jovens para o voto na
CDU porque o voto na CDU é sempre melhor.
Particular atenção deve ser dada ao combate à abstenção quer
junto daqueles que caiem no erro de pensar que está tudo ganho e
que o seu voto já não é necessário quer junto dos que, tendo
votado no PS nas últimas eleições e vendo traído o sentido do
seu voto, têm tendência para se deixar vencer pela desilusão e
pelo desânimo ou para justificar a sua abstenção através da
ideia errada de que os partidos são todos iguais.
A CDU é diferente e cada voto na CDU será sempre um contributo
para o combate necessário à política de direita que o PS vem
praticando. Cada voto na CDU será sempre um voto por uma nova
política, uma política democrática e de esquerda. No Alentejo
o voto na CDU será sempre um voto para continuar a obra ao
serviço do povo e pelo progresso e bem estar da região. No
Alentejo, CDU é para ganhar.