Regina
de novo em luta
Os cerca de 270 trabalhadores da Fábrica de Chocolates Regina iniciaram uma greve espontânea a 30 de Dezembro, exigindo que até hoje seja feito o pagamento dos salários em atraso (Dezembro) e dos subsídios de férias e de Natal.
Em plenário realizado segunda-feira, o pessoal analisou um documento apresentado pelo Ministério do Trabalho e afirmou-se disposto a levantar a greve se um conjunto de condições forem aceites pelo Governo e pela administração da empresa. Nos nove pontos da proposta aprovada pelo plenário incluem-se:
- o pagamento a todos os
trabalhadores do resto dos salários de Dezembro, até 15 de
Janeiro;
- o pagamento integral dos dias em que os trabalhadores estiverem
paralisados, mesmo sem pré-aviso de greve;
- reter para pagamento dos salários de Janeiro as verbas que,
até final do mês, venham a ser obtidas com a laboração da
matéria-prima existente;
- exigir garantias, perante o Ministério do Trabalho, de
continuidade da empresa e conservação dos postos de trabalho,
bem como de qualidade da produção;
- destituir de qualquer cargo na empresa o administrador Alberto
Barbosa dos Santos.
Ressalva-se no documento que, caso a empresa, depois de um levantamento da greve que venha a ser permitido pela aceitação da proposta do plenário, não venha a cumprir com o proposto, a paralisação será imediatamente retomada.
Esta proposta deveria ser discutida ontem entre representantes dos trabalhadores e do Ministério do Trabalho.