Diploma do PCP cria
Lei das
Associações de Deficientes
A Assembleia da Republica aprovou por unanimidade, faz hoje oito dias, a Lei das Associações de Deficientes. Da autoria do Grupo Parlamentar do PCP, o diploma reconhece direitos e assegura a participação plena e a intervenção das associações de deficientes na definição das políticas e da legislação respeitantes à reabilitação e à integração social das pessoas com deficiência.
Na base desta iniciativa
legislativa da bancada comunista está o reconhecimento e a
importância por si desde sempre dispensada ao papel das
associações de deficientes, as quais, como assinalou o deputado
comunista Bernardino Soares, constituem um "veículo
fundamental e indispensável para a defesa, a divulgação e o
alargamento dos direitos das pessoas com deficiência".
O deputado do PCP entende mesmo que pela sua actividade própria
e pelo grau de mobilização dos seus associados para a
resolução dos problemas, "são as associações de
deficientes o principal motor da diminuição do fosso que impede
a plena integração das pessoas com deficiência na
sociedade".
Ora é precisamente no sentido de valorizar e alargar esta
capacidade de intervenção das associações na defesa dos
direitos e interesses dos deficientes, dotando-as de novas
instrumentos, que o projecto de lei do PCP agora aprovado
consagra a possibilidade de elas se constituírem assistentes nos
processos-crime por violação de direitos da pessoa com
deficiência.
Destaque no diploma do PCP merecem ainda as diversas isenções e
regalias nele previstas cujo fim é auxiliar as associações de
deficientes a suportar os custos do seu funcionamento e
actividade.
Um outro projecto sobre a mesma matéria, subscrito pelo PSD, esteve igualmente em debate, sendo considerado por Bernardino Soares "uma síntese empobrecedora do projecto do PCP".