Jardins de infância
Governo
gera instabilidade
"Um Jardim de Infância para funcionar necessita, para além de recursos físicos e materiais, de recursos humanos e, nestes, incluem-se os Educadores de Infância e também os Auxiliares de Acção Educativa". Um facto aparentemente óbvio mas que se impõe relembrar face à situação gerada em torno da prorrogação dos contratos do pessoal auxiliar.
Em comunicado de imprensa,
a Federação Nacional dos Professores, refere a
"perplexidade e indignação" dos Educadores de
Infância e da Fenprof "face ao teor do Decreto-Lei
recentemente publicado referente à prorrogação dos contratos
do pessoal auxiliar de acção educativa até 30 de Setembro de
1998".
Com o novo enquadramento legal da Educação Pré-Escolar, a
colocação dos auxiliares de educação é da responsabilidade
dos municípios, mas a sua contratação é feita através de
contratos a termo certo, "porque o actual quadro legislativo
não permite a inclusão desta categoria nos quadros
municipais".
Em vez de alterar a legislação, o governo publica um
Decreto-Lei que, "em nome da garantia de continuidade do
desempenho das funções pelo pessoal que o assegurou até aqui,
prorroga os contratos, não até 31 de Agosto, data em que
termina o ano escolar, mas sim até 30 de Setembro, 15 dias após
o início do ano lectivo".
O que, naturalmente, coloca a questão - e depois de 30 de
Setembro?
Neste quadro, a Fenprof exige "que sejam tomadas medidas conducentes à verdadeira resolução do problema", e sublinha o papel dos auxiliares de educação, quer como auxiliares de acção educativa, quer como "factor de segurança das próprias crianças".