Ásia Oriental
Perspectivas negras
para os trabalhadores


Os especialistas e dirigentes políticos da Ásia oriental prevêem que a crise económica que atinge a região vai lançar este ano milhões de pessoas no desemprego. Segundo dados divulgados pelo jornal francês «L'Humanité», são negras as perspectivas imediatas para a população dos países abaixo referidos, com todas as dramáticas consequências daí resultantes.

Tailândia

1,8 milhões de pessoas estavam no desemprego nos finais de 1997, e estima-se que esse número ascenda a 2,8 milhões em 1998.

Indonésia

O Ministério do Trabalho prevê 6 milhões de desempregados para 1998. Só no sector têxtil, 500.000 pessoas estão já desempregadas. Os sindicatos oficiais, por seu turno, falam de uma taxa de desemprego de 11 por cento da população activa, calculada em mais de 90 milhões de pessoas.

China

De acordo com as previsões oficiais, 11 milhões de pessoas deverão perder os seus empregos na sequência da reforma das empresas estatais. Na semana passada, Pequim reconheceu que a crise regional irá afectar as suas exportações.

Malásia

Segundo o Ministério do Interior, serão os trabalhadores imigrantes a suportar as consequências da crise, cedendo os seus potos de trabalho aos malaios. Na Malásia trabalham 600.000 indonésios, que deverão ser os primeiros a sofrer os efeitos da crise.

Coreia do Sul

O Governo de Seul prevê para este ano uma taxa de desemprego de 5 por cento, o que afectará 1,5 milhões de pessoas. Os sindicatos já ameaçaram ir para a greve.

Hong Kong

20 por centos dos efectivos do sector financeiro vão ser despedidos.


«Avante!» Nº 1259 - 15.Janeiro.98