SMAS de Sintra decidem parar


Os trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra decidiram convocar uma greve para terça e quarta-feira, como forma de exigir o pagamento do subsídio de insalubridade, penosidade e risco, tal como já sucede na Câmara Municipal. No dia 27 paralisa o pessoal auxiliar, no dia seguinte pára o pessoal operário - informou a Direcção Regional de Lisboa do STAL.

O sindicato divulgou ainda uma moção - aprovada no plenário de dia 15 e de seguida entregue nos Paços do Concelho, por trabalhadores que desfilaram pelas ruas de Sintra - onde é feita a denúncia da discriminação de que o pessoal dos SMAS se sente alvo e contra a qual manifesta a disposição de continuar a lutar.

No documento, é referida a condição clara de trabalhadores da Administração Local, inseridos em serviços geridos por responsáveis nomeados pela Câmara Municipal. Neste contexto, «há coisas que não se entendem»: «Se a CM de Sintra entre que os seus trabalhadores devem receber o subsídio de insalubridade, penosidade e risco; se o sr. vereador Herculano Pombo aí votou tal proposta favoravelmente, por que razão, enquanto administrador dos SMAS, representante da CM e por esta nomeado, já entende que trabalhadores a desempenharem idênticas funções, apenas porque as desempenham nos SMAS, não têm o mesmo direito?».

Lisboa

O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, manifestando o seu desagrado pelo resultado da reunião de dia 16 com o vereador do Turismo, apelou à realização de mais uma concentração de pessoal do Parque Municipal de Campismo, de Monsanto, ontem à tarde, nos Paços do Concelho, para repudiar a forma como foi conduzido o processo de alienação da gestão do Parque a uma entidade de capitais mistos. O sindicato quer negociar as transferências de pessoal para outros serviços e o direito de utilização do Parque pelos trabalhadores da CML.


«Avante!» Nº 1260 - 22.Janeiro.98