Bragança
PCP
define áreas de intervenção
Reunida no passado dia 20, a Direcção da Organização Regional de Bragança do PCP, aprovou medidas de reforço da organização e definiu áreas estratégicas de intervenção política.
A agricultura, os
trabalhadores, a juventude, o ensino, a saúde e a segurança
social são as áreas estratégicas que em torno das quais os
comunistas de Bragança vão realizar iniciativas com o objectivo
de aprofundar o conhecimento dos problemas e elaborar propostas
para a sua resolução.
A DORBA anunciou ainda a realização de uma reunião de quadros
de Trás-os Montes do PCP, no próximo dia 7 de Março, em
conjunto com a Direcção da Organização de Vila Real (DORVIR).
Outras iniciativas foram marcadas, designadamente as
comemorações do 77º aniversário do PCP, a 15 de Março em
Bragança e a 22 em Mirandela, com sessões abertas á
participação de militantes, simpatizantes e amigos do Partido.
Visando dar «um novo e vigoroso impulso à intervenção e afirmação política do Partido, a DORBA decidiu lançar uma campanha de criação de novos organismos e reanimar e dinamizar as actuais estruturas no distrito.
Sector produtivo debilitado
Da análise da situação
política e social no distrito, a DORBA sublinha a existência de
salários em atraso em empresas como a Olivac, em Mogadouro, e a
Grunig em Bragança; as dívidas aos produtores de leite do
planalto mirandês, que ascendem a cerca de 300 mil contos; as
dificuldades que enfrentam os olivicultores quer pelo mau ano
agrícola quer ainda pela ameaça de alteração das regras
comunitárias no sector; a incerteza no futuro dos milhares de
produtores da região demarcada do Douro, na sequência da
decisão do Governo de romper com o processo de saneamento
financeiro da Casa do Douro, pondo termo ao envolvimento do IPE
no acordo com a Cofipsa e a Real COmpanhia Velha.
A DORBA faz ainda referência a declarações de autarcas,
deputados e dirigentes do PS e do PSD a nível regional em defesa
da criação da região de Trás-Os-Montes e Alto Douro,
considerando-as positivas, mas recorda a oposição frontal da
Direcção Nacional do PSD à regionalização e as manobras
dilatórias do PS para que não seja aprovada e emntre em vigor a
lei de criação das Regiões Administrativas no Continente. Os
comunistas de Bragança salientam que «todos os comportamentos e
atitudes do PS têm sido no sentido de complicar e inviabilizar,
na prática, a Regionalização».
No plano cultural, a DORBA afirma que o Governo continua a ignorar o Nordeste transmontano e cita a denúncia feita pelo Teatro em Movimento acerca da possibilidade de atribuição de subsídios de forma fraudulenta e discriminatória. A companhia afirma que recebeu uma carta do Ministério da Cultura em resposta a uma subsídio que o teatro em Movimento não se candidatou. A carta terá sido escrita antes da atribuição dos susbsídios apresentando a data falsificada.