Mais de onze por cento
no Grupo Gás de Portugal


A revisão do acordo colectivo de trabalho da Gás de Portugal contempla um acréscimo global da massa salarial de 11,25 por cento, além de várias melhorias sociais.

Ao anunciar a conclusão, na tarde da passada quinta-feira, das negociações com a administração do Grupo GDP, a Federação dos Sindicatos da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás sublinha que «este importante acordo foi obtido após 7 meses de luta vitoriosa dos trabalhadores, que efectuaram mais de 500 horas de greve» e que «já tinham conquistado anteriormente um prémio de 50 mil escudos».

Segundo a Fequifa/CGTP, o âmbito do ACT foi alargado às empresas do grupo (GDP SGPS, GDL, Driftal, Carbolis, Ibergás e Cabo Ruivo). A tabela salarial foi reestruturada, com a criação de um 4º escalão de progressão horizontal e um acréscimo médio de cinco por cento. Foi acordada uma antecipação gradual da produção de efeitos da tabela salarial e do ACT, que este ano passa de Maio para Março e, no ano 2000, deverá situar-se em Janeiro.
O subsídio de turnos passa, desde 1 de Janeiro deste ano, de 29 para 33,5 por cento da média de vencimentos; em 1 de Fevereiro do próximo ano passará para 35 por cento. No chamado subsídio de gás há uma subida de 6,7 por cento (ficando em 6400 escudos), enquanto o subsídio especial é de 3500 escudos mensais para os trabalhadores do horário geral.

A Fequifa anunciou, na mesma ocasião, que vai promover na primeira quinzena de Maio um seminário-debate sobre o gás natural, onde será divulgada a sua posição quanto ao modelo empresarial que defende para este sector.


«Avante!» Nº 1266 - 5.Março.97