Greves
SMAS de Sintra
com adesão total
O sector auxiliar dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra paralisou a 100 por cento na terça-feira, o primeiro dia de uma greve que se prolonga até amanhã - informou anteontem a direcção regional de Lisboa do STAL.
O sindicato da Administração Local admite que a
paralisação possa provocar falta de água em localidades do concelho, mas adianta que
«os incómodos que a população irá sentir são evitáveis», bastando para tal «um
claro sinal tendente a resolver o problema» que está na origem da luta.
«O problema», que já provocou outras greves e acções de protesto nos últimos meses
(a mais recente foi uma greve nos dias 27 e 28 de Janeiro), é o facto de os trabalhadores
dos SMAS de Sintra continuarem sem direito ao pagamento do subsídio de insalubridade,
penosidade e risco, em moldes idênticos aos que vigoram para o pessoal da Câmara
Municipal.
Para o STAL, o executivo presidido por Edite Estrela deveria usar os poderes que legalmente detém e proceder à alteração da decisão do conselho de administração dos SMAS.
Stagecoach
O elevado índice de adesão à greve realizada na passada segunda-feira foi saudado no plenário de trabalhadores que teve lugar durante a paralisação, como demonstração da justeza das reivindicações que dera origem à luta.
No plenário - refere uma nota da Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos - foi decidido aguardar até à próxima quinta-feira para que a administração apresente uma proposta de integração do subsídio de agente único na tabela salarial. Para o dia seguinte, 13 de Março, ficou convocado novo plenário, a decorrer nas instalações da transportadora na Abóboda, a partir das 21.30 horas. A Festru/CGTP informa ainda que foi expressa pelos trabalhadores a decisão de «continuar a luta, caso a empresa mantenha a sua intransigência».