Balcãs
Kosovo em pé de guerra

Confrontos entre albaneses do Kosovo e forças policiais provocaram vinte mortes, no domingo. Na segunda-feira, uma manifestação de independentistas albaneses terminou em novos confrontos com as autoridades, temendo-se que o clima de tensão existente na região acabe por se transformar em mais um barril de pólvora no precário equilíbrio dos Balcãs.

Os confrontos, que ocorrem após uma série de atentados do auto-intitulado Exército de Libertação do Kosovo (UCK), levaram os independentistas a exigir a intervenção das Nações Unidas. Diferente é a posição do Partido Socialista Sérvio (SPS) do presidente Slobodan Milosevic, que considera os acontecimentos um «assunto interno» da Sérvia, e não existir «razão alguma» para que o parlamento federal jugoslavo agende o seu debate.

«A Sérvia lutará contra o terrorismo, tal como o faz o mundo inteiro, e tomará todas as medidas indispensáveis», declarou entretanto Gorica Gajevic, secretária geral do SPS, citada pela agência oficial Tanjug.

Também o presidente Milosevic se opõe a uma «internacionalização» do problema.

Em Bona, o ministro dos Negócios Estrangeiros germânico, Klaus Kinkel, condenou os confrontos armados registados no Kosovo, considerando que «estes acontecimentos são extremamente preocupantes e denotam a necessidade urgente de resolver politicamente um conflito que ameaça a paz e a segurança na região balcânica.