Organizações assinalam
77º
Aniversário do PCP
À nossa redacção continuam a chegar notícias de iniciativas comemorativas do 77º aniversário do PCP, realizadas em vários pelas organizações em todo o país.
Sob o lema «Uma Festa à
Esquerda», a Comissão Concelhia de Bragança do PCP promoveu um
convívio de aniversário no centro de trabalho local que incluiu
um lanche, com apontamentos musicais e de poesia, e contou com a
intervenção política de Agostinho Lopes, membro da Comissão
Política do PCP.A partir da 16 horas, já com o centro de
trabalho repleto de militantes, simpatizantes e outros
democratas, iniciou-se o lanche constituído por vários produtos
que foram oferecidos para a iniciativa.
Lídio Correia, eleito pela CDU na Assembleia Municipal, falando
em nome da concelhia, referiu alguns aspectos da situação
política local, sublinhando a importância do papel e da
intervenção do PCP. Aquele dirigente local realçou ainda as
ofertas feitas ao Partido por ocasião do seu 77º aniversário,
com destaque para um centro de flores oferecido por uma
militantes e para um quadro de acrílico simbolizadndo Abril,
oferecido por António Afonso, pintor poeta e democrata
bragançano.
O artista fez questão de dirigir uma carta à organização do
PCP onde explica que «porque senpre defendi princípios
decmocráticos e porque reconheço o papel histórico do PCP na
defesa da democracia como valor social em todas as suas
vertentes, esta oferta pretende ser a minha homenagem humilde a
todos quantos com sacrifício das suas prórpias vidas, lutaram
pela dignidade, igualdade e natureza da Pessoa Humana, pela paz,
liberdade e por Abril», concluindo que «por isso o tema da obra
é Memória de Abril».
Na sua intervenção,
Agostinho Lopes começou por referir-se ao Manifesto Comunista:
«150 anos depois que precurssora lucidez apresenta nas suas
teses centrais o texto de Marx e Engels. Que brutal actualidade
nas contradições e antagonismos desvendados, mesmo que hoje,
com forma, conteúdos, dimensões e qualidades diferentes. Que
adivinhados caminhos estão presentes na teoria revolucionária
do Manifesto».
Analisando o percurso da luta travada pelos comunistas desde
1848, data da publicação do Manifesto, até Lénine e a
revolução bochevique, Agostinho Lopes deteve-se mais
demoradamente no papel desempenhado pelo PCP na sociedade
portuguesa, onde nasceu e existe para luta e defender os
trabalhadores e o povo.
Quase a terminar, o dirigente do PCP, referindo-se à situação
política actual abordou a política de direita desenvolvida pelo
Governo do PS, sublinhando que «perante os problemas que os
portugueses enfrentam hoje, no contexto da envolvente económica,
social e política, nacional e internacional em que vivemos, ser
comunista exige uma elevada capacidade de indignação e uma
permanente inquietação. A indignação que nos impulsione a
agir perante a injustiça, a crueldade, a desumanidade, a
violência, a exploração presentes nos estado de coisas que nos
cerca. A inquietação que nos leve a questionar as razões, os
motivos, as causas que explicam a dificuldade de adesão
política e eleitoral de tantos homens e mulheres, trabalhadores
e cidadãos sérios, à nossa mensagem, aos nossos valores, à
nossa luta».
O convívio terminou com a leitura de poemas por Leandro Vale,
director artístico do Teatro em Movimento, e pela professora
Rita Pires, para além de outras actuações espontaneas animaram
a «Festa à Esquerda» até ao início da noite.
Algarve
Integradas nas comemorações
do aniversário do PCP e dos 150 anos do Manifesto Comunista,
estão previstas para os próximos dias várias iniciativas no
Algarve. Assim, em Portimão, realiza-se amanhã, dia 20,
um debate dobre a actualidade do Manifesto, tema que animará no
dia seguinte outra sessão em Olhão, ambas com a
participação de Aboim Inglês, membro do Comité Central do
PCP.
Amanhã e sábado, decorrem em Silves e em Vila Real de Santo
António debates sobre o tema «Governar à Esquerda, com que
política, com que forças» com a participação de Edgar
Correia, membro da Comissão Política do PCP.