Em Guarda e Castelo Branco
SIM
à Beira Interior
Reunidas no passado dia 11 de Março, as direcções das organizações regionais de Castelo Branco e Guarda do PCP debateram os temas da regionalização e do programa PROESTRELA, acertando acções comuns ou convergentes com vista ao desenvolvimento do interior do país e bem-estar dos trabalhadores e da população em geral.
As duas estruturas comunistas
reafirmaram as suas posições sobre a regionalização,
sublinhando a necessidade urgente da instituição das regiões
administrativas, designadamente da Região da Beira Interior.
Consideram este processo como «um factor de democratização do
Estado, potenciador de um desenvolvimento sustentado e um
contributo para a diminuição das assimetrias», condenado
«todas as manobras que visem o seu adiamento».
As DORs colocaram a tónica no esclarecimento sobre a
importância da regionalização para o desenvolvimento
económico, social e cultural do interior do País, «actualmente
condenado a receber os restos e as sobras do investimento
público, de que é exemplo claro a distribuição de verbas do
PIDDAC/98 que atribuiu 85,2 por cento para o litoral e apenas
14,8 por cento para os distritos do interior.
Sobre o PROESTRELA, programa que o PCP há muito reclama e que o
Governo acaba de aprovar, as direcções regionais consideram-no
«uma resposta insuficiente e tardia». Sem prejuízo de uma
posterior avaliação mais aprofundada, os comunistas recordam
que o Governo tinha prometido o início da sua execução para o
segundo semestre de 1997. Passado um ano e com os atrasos normais
da administração pública, afirma o PCP, «é provável que
apenas em 1999 se inicie verdadeiramente a sua execução,
agravando-se desnecessariamente os problemas económicos e
sociais» que deviam ser resolvidos pelo citado plano. Acresce
que PROESTRELA «não substitui a necessidade de um Plano
Integrado de Desenvolvimento que englobe todos os concelhos dos
dois distritos».
As duas direcções regionais decidiram lançar uma iniciativa
sobre o Desenvolvimento Regional, em que serão temas a
aprofundar a regionalização e o PROESTRELA «não apenas pelos
comunistas, mas por odos aqueles que queiram dar a sua opinião e
contribuição para uma Beira Interior mais desenvolvida, onde os
beirões encontrem condições e motivos para viver e
trabalhar».