«Grande greve» na Saúde


A Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública entende que «o Governo tem agora de decidir se quer resolver o problema ou se prefere que a luta continue». Numa nota que distribuiu ao fim da tarde de sexta-feira, a FNSFP classifica a paralisação de dia 13 como uma «grande greve», que deu expressão à «mobilização» dos auxiliares de Saúde para exigirem do Governo o cumprimento dos compromissos assumidos em Dezembro de 1996, quando chegou ao fim um longo processo negocial, iniciado em 1994, sobre reestruturação e revalorização de carreiras no sector.

Sublinhando que, «caso o Governo não resolva rapidamente o problema, os trabalhadores reafirmam a sua vontade e mobilização para defender a publicação do projecto negociado», a federação indica alguns «dados mais significativos» da adesão à greve: 95 por cento no Hospital S. José, no Hospital da Guarda e no Hospital dos Covões; 80 por cento nos hospitais Santa Maria, Santa Marta, D. Estefânia, Curry Cabral, Capuchos; 70 por cento no Hospital de Castelo Branco, no Instituto Português de Oncologia (Lisboa), no Hospital S. Francisco Xavier, no Hospital Garcia da Horta e no Hospital de Abrantes. Os níveis mais baixos (entre 30 e 44 por cento) verificaram-se no Hospital de Santiago do Cacém, no Hospital Pulido Valente e no Hospital do Outão. No Hospital do Barreiro a adesão foi de 76 por cento, no de Angra de Heroísmo chegou aos 83 por cento e na Maternidade Bissaya Barreto a paralisação foi cumprida a cem por cento.


«Avante!» Nº 1268 - 19.Março.98