Fenprof
quer retomar
negociação da carreira
A Federação Nacional de Professores reclamou que até anteontem fosse marcado o reinício das negociações sobre a estrutura da carreira docente, incluindo a grelha salarial, depois de os representantes do Governo se terem apresentado sem propostas na passada quinta-feira.
A reunião realizou-se por
exigência da Fenprof, mantida mesmo depois de o Ministério da
Educação procurar escapar-se a uma reunião que não se
enquadrava nas habituais normas de convocação: os sindicalistas
anunciaram publicamente o dia e a hora em que se iriam apresentar
no edifício da avenida 5 de Outubro «em busca da grelha
salarial».
Na nota emitida após a reunião, a Fenprof recorda que o ME
começou por agendar esta negociação para Novembro de 1996,
adiando-a depois para Maio de 1997. Mas apenas entre Setembro e
Novembro realizou algumas reuniões técnicas sobre o assunto. A
20 de Janeiro, em reunião negocial, o Ministério comprometeu-se
a entregar o seu projecto em meados de Fevereiro. No dia 12 de
Março, no entanto, «o ME continua sem apresentar qualquer
proposta e confessa-se incapaz de dizer quando terá luz verde
do Governo para o fazer», constata a Fenprof, para quem «estes
adiamentos sucessivos são inaceitáveis, tanto mais que já
foram concluídos os processos negociais de reordenamento das
carreiras do regime geral e de um dos corpos especiais da
Administração Pública».
O Secretariado Nacional da Fenprof previne que os professores
responderão à continuação do impasse «com as acções e as
lutas que em cada momento sejam consideradas as mais adequadas».