Voto de
pesar
pela morte de Alda Nogueira
A Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto de pesar pelo falecimento da antiga dirigente comunista Alda Nogueira, considerada uma mulher que, "abdicando de uma carreira de investigadora científica, desde muito nova abraçou os ideais da justiça social e do socialismo a que dedicou a vida inteira".
Alda Nogueira foi uma
"abnegada combatente pela emancipação da mulher, destacada
dirigente do PCP, que enfrentou com firmeza a tortura e a prisão
nas cadeias fascistas, onde passou nove anos", afirma o voto
de pesar apresentado pela bancada comunista.
"Enquanto deputada à Assembleia Constituinte e à
Assembleia da República, Maria Alda Nogueira mostrou a sua rica
e forte personalidade, combinando a vigorosa e apaixonada defesa
das suas convicções com a sensibilidade e compreensão para com
os problemas dos outros", lê-se no voto a que se associaram
todas as bancadas parlamentares e o presidente da Assembleia da
República, Almeida Santos.
Almeida Santos proferiu breves palavras, enviando as suas
condolências à familia enlutada, e realçando a firmeza e
coerência do seu comportamento: "havia nela a beleza da
defesa das suas convicções".
Helena Roseta, em nome do PS, destacou a "grande intelectual
e cientista" que foi Alda Nogueira, enquanto Eduarda Azevedo
(PSD) salientou "o símbolo no combate ao antigo
regime" que representa a antiga parlamentar. "Era uma
pessoa de grande dimensão humana", salientou, por sua vez,
Nuno Abecassis, do PP.
Os parlamentares guardaram em seguida um minuto de silêncio em
memória de Alda Nogueira.