JCP
Encontro em Lisboa
Protesto no Algarve


O 8º Encontro Distrital de Lisboa da JCP decorreu, no passado dia 15, no Centro de Trabalho Vitória e contou com a participação de cerca de 70 jovens comunistas dos diversos Concelhos e sectores do Distrito.

O Encontro aprovou por unanimidade uma Resolução que contém as principais linhas de intervenção, organização e direcção para a Organização Distrital de Lisboa em 1998, das quais se destacam a dinamização de uma Campanha de Afirmação da JCP, a necessidade de reforçar a ligação e intervenção junto dos jovens do Distrito, em particular junto dos estudantes do ensino secundário e a tomada de medidas de organização e direcção que possibilitem alargar a participação na actividade e na organização da JCP no Distrito.
O Encontro elegeu, por unanimidade, a Direcção Distrital, organismo que dirige a JCP no Distrito, e que foi renovado em cinquenta por cento.

Noite de protesto

No âmbito da contestação à Lei de Financiamento do Ensino Superior, a JCP/Algarve organizou ontem, no Chessenta Bar em Faro, uma noite de protesto. Uma acção que tem como objectivo a dinamização da luta na Universidade do Algarve e a participação na manifestação nacional em Lisboa, no dia 25 de Março.
A iniciativa incluiu um debate informal e contou com a actuação ao vivo do músico de intervenção Zé Maria (ex-membro e fundador da Brigada Vitor Jara).
Simultaneamente, e dada a proximidade entre a manifestação nacional e o Dia do Estudante (24 de Março), a JCP/Algarve decidiu antecipar a comemoração desse dia para amanhã, sexta-feira, promovendo um jantar revolucionário, pelas 20 horas, no Centro de Trabalho do PCP em Faro.
Uma jantar em que, "sobre a mesa, além de muita comida e bebida, estará a discussão informal e a troca de opiniões sobre a luta contra a injusta Lei de Financiamento do Ensino Superior e também sobre a apatia e desinteresse que reina no Ensino Secundário", como se afirma em comunicado de imprensa.

Liberdade de optar

A JCP de Póvoa de Varzim realizou, dia 13 de Março, um debate sobre a interrupção voluntária da gravidez, que contou com a participação da deputada comunista Odete Santos e Helena Oliveira, médica obstetra e ginecologista.
Ao longo debate foi particularmente sublinhada a a questão da falta de tolerância - "...a despenalização não impõe a nenhuma mulher que vá fazer o aborto, a mulher fica com o direito de optar e de escolher, e tem essa liberdade. Mas esta lei impõe às mulheres que têm graves problemas, que façam abortos clandestinamente, de uma maneira insegura - é uma imposição".


«Avante!» Nº 1268 - 19.Março.98