Movimento pela maternidade


A Comissão Concelhia do PCP de Santiago do Cacém manifesta o seu apoio ao Movimento pela Maternidade no novo Hospital distrital, valência que não surge contemplada no programa funcional, divulgado recentemente «por via não oficial».

Os comunistas sublinham que é inaceitável que nas vésperas do século XXI as mulheres continuem a deslocar-se para Beja, Setúbal, Barreiro, Almada e Lisboa para terem os seus filhos ou que os partos ocorram em casa ou, como frequentemente acontece, nas ambulâncias a caminho de um mais ou menos longínquo hospital.

O PCP não aceita que o Ministério da Saúde «em nome de conceitos técnicos, da rentabilização clínica ou da rentabilização económica retire à região uma valência fundamental».

São ainda feitas críticas às posições tomadas pelo PS local, bem como aos dois vereadores socialistas na Câmara que votaram contra uma deliberação reclamando a inclusão da maternidade.

O anúncio do encerramento do serviço de maternidade do Hospital de Ovar motivou a constituição de uma Comissão de Defesa que desde o início de Março lançou um abaixo-assinado nas várias freguesias do concelho. Em menos de um mês foram já recolhidas 3116 assinaturas, número que expressa bem a vontade da populção de manter o hospital com todas as suas valências.


«Avante!» Nº 1271 - 9.Abril.98