Contra
tarifas da Telecom
o maior abaixo-assinado se sempre
A concentração promovida, segunda-feira passada, pela Comissão de Utentes contra a Taxa de Activação, frente à Telecom, seguida de caravana automóvel até à residência oficial do primeiro-ministro, teve entusiástica adesão.
Uma clara manifestação de
receptividade, que surge como um estímulo mais à continuação
do processo contra o novo sistema de tarifas telefónicas.
Com esta acção, a Comissão pretende "solicitar a
intervenção urgente do primeiro-ministro para que se encontre
uma solução que satisfaça os interesses de todas as partes em
conflito" e "dar conhecimento do balanço de
assinaturas de protesto entretanto recolhidas" - mais de 105
mil assinaturas, o maior abaixo-assinado jamais recolhido em
Portugal.
Metade destas assinaturas - refere-se em comunicado da Comissão
- "foram recolhidas após os utentes terem recebido as suas
facturas de Fevereiro, através das quais começaram a sentir os
efeitos da aplicação ilegal da chamada taxa de
activação".
No documento entregue ao primeiro-ministro, a Comissão apresenta
várias razões para a luta que tem vindo a desenvolver,
referindo, nomeadamente, que a maioria das chamadas telefónicas
sofre um aumento da ordem dos 47%.
A Comissão sublinha ainda que em Portugal os utentes da
companhia de telefones já suportavam das mais caras tarifas
telefónicas e todos os aumentos entretanto registados são
superiores à inflação de 2% esperada para este ano.