Cimeira
euro-asiática
A cimeira euro-asiática (ASEM) realizada no passado fim-de-semana em Londres reafirmou, nas palavras do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que os Quinze são «parceiros de longo prazo para os bons e os maus dias», pelo que os dez países asiático representados no fórum não têm motivos para temer o encerramento das fronteiras europeias aos seus produtos.
A profunda crise financeira
que abala os mercados asiáticos provocou uma queda acentuada das
moedas da região, pelo que os seus produtos se tornaram ainda
mais competitivos nos mercados europeus.
Os dez países asiáticos da ASEM exportam cerca de 105.000
milhões de dólares em produtos para os Quinze, mas a União
Europeia exporta produtos no valor de 123.000 milhões de
dólares para estes países, que em conjunto se tornaram no
principal destino das exportações comunitárias para países
terceiros.
A cimeira identificou quatro grandes desafios com que são
confrontados os europeus e asiáticos: como trabalhar em conjunto
para resolver a crise e reduzir o seu impacto na economia global;
como limitar o seu impacto social nos países mais afectados;
como ajudar a manter os mercados abertos e a reforçar a
liberalização; como reforçar o sistema monetário
internacional de prevenção das crises.
A União Europeia anunciou ainda o lançamento de um fundo, a gerir pelo Banco Mundial, dotado entre 30 a 50 milhões de dólares, destinado a pagar peritos europeus em matéria de gestão bancária, para apoiar as reformas tidas como necessárias para fazer face à crise asiática.