Almada
Desenvolvimento vai prosseguir


Em reunião recentemente realizada, os eleitos comunistas no concelho de Almada aprovaram uma resolução onde analisam os objectivos e estratégias da sua intervenção nos órgãos do poder local.

A resolução começa por considerar que Almada é hoje um concelho em processo de desenvolvimento integrado, com indicadores de qualidade de vida acima das médias nacional e europeia, graças ao trabalho continuado de planeamento, projecto e obra que a CDU tem levado a efeito. Um desenvolvimento que «deve prosseguir de modo sustentado», de forma a que Almada continue a assumir «uma posição forte» no Plano de Desenvolvimento Regional e reforce a usa «centralidade» na Área Metropolitana de Lisboa e na futura região.

Essa eficácia da intervenção da CDU tem que ver, na opinião dos eleitos comunistas, não só com com «uma atitude de trabalho, empenho, prestação de contas e de serviço público», mas também com a «partilha do poder», o diálogo e a participação interveniente das populações e das suas estruturas representativas.

A este propósito, o plenário de eleitos do PCP saúda o esforço de diálogo que a Câmara Municipal tem realizado, nomeadamente com o Governo, a par de uma atitude de «firmeza e insistência» para que as obras se façam, levando-a «ao ponto de assumir integralmente competências da administração central». Pelo contrário, da parte do Governo e do PS na Assembleia da República o que se verifica são «impasses, atrasos, ausência de resposta, boicote objectivo e inviabilização de obras e projectos» da maior importância. É o caso da amputação arbitrária do PDM e proibição aos órgãos do poder local, designadamente à Câmara, do exercício de competências que lhes são atribuídas, ou da inviabilização da inclusão no PIDDAC de obras e projectos de interesse estruturante fundamental: acessibilidades e transportes, construção de ETARs, de esquadras da PSP e GNR, de Centros de Saúde e de escolas, do Palácio da Justiça de Almada.
Os eleitos comunistas, na resolução aprovada, exigem ainda do Governo uma efectiva política de habitação social e uma atitude séria relativamente ao Metro Sul do Tejo - cujo processo tem já ano e meio de atraso -, e apelam à assinatura das petições em curso, tendentes à solução dos acessos a Porto Brandão e à construção do novo cais rodofluvial da Trafaria e do troço da via rápida Funchalinho-Trafaria.

Apesar dos boicotes, dizem por fim os comunistas, no concelho vai prosseguir, com «confiança e determinação», o desenvolvimento integrado «enquadrando a resolução de problemas concretos», porque ele se alicerça numa «gestão rigorosa», numa «situação económico-financeira saudável» e na concretização de uma obra «que tem impulsionado Almada para um futuro melhor».


«Avante!» Nº 1272 - 16.Abril.1998