Agricultores exigem
uma outra reforma da PAC

Na sequência do apelo lançado pela CNA, várias outras organizações decidiram aderir aos objectivos da concentração nacional, em particular a AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal e a ARP – Aliança para a Defesa do Mundo Rural Português. A Federação Nacional dos Caçadores e Proprietários também irá participar.
Dia 17, o ponto de encontro é no Parque Eduardo VII, às 13horas e 30, e os agricultores irão depois concentrar-se em S. Bento, frente à residência oficial do primeiro-ministro e na Assembleia da República.

Em comunicado de imprensa, os promotores desta concentração afirmam esperar "que os nossos governantes saibam ouvir e interpretar as nossas reclamações no sentido, até, de nelas se apoiarem para não aceitar as propostas assassinas de reforma da PAC apresentadas pela Comissão Europeia".

A CNA exige uma outra reforma da PAC, para "apoiar a nossa agricultura e as explorações familiares".

Sem mais baixas nos preços;
Sem novas quotas e outros limites à produção nacional;
Sem desligar as ajudas da produção;
Sem imposição da extensificação à agricultura familiar;
Sem fazer pagar pelos países mais pobres os custos do alargamento da União Europeia;
Com a fixação de tectos e escalões de forma a redistribuir os dinheiros públicos das ajudas com maior justiça entre países / regiões e entre agricultores;
Uma reforma da PAC que defenda e apoie as produções características dos países do sul (vinho, azeite, fruta e hortícolas), designadamente garantindo para estas níveis de ajuda idênticos aos dos cereais, carne e leite.

Em síntese - uma reforma da PAC, com menos burocracia, que "consagre o direito a produzirmos".

A par do tema central da concentração – a reforma da PAC e às ameaças contidas na proposta da Comissão Europeia, a CNA, com a AJAP e a ARP, exigem ainda solução para "velhos" problemas, em particular – a baixa de preços dos factores de produção; outro tipo de linhas de apoio financeiro; preços compensadores para os produtos agrícolas; controlo eficaz das importações e defesa e melhoria da produção nacional; Um regime de Segurança Social que permita significativas reduções das prestações mensais dos pequenos e médios agricultores; apoios para a sanidade animal e sector cooperativo; mais quotas e mais direitos a produzir, em especial para os jovens agricultores e novos projectos; mais dinheiro destinado á agricultura no orçamento de Estado; uma outra lei de caça.

Em síntese – apoios claros e concretos para um desenvolvimento equilibrado do Mundo Rural. E um não aos encerramentos, ou a diminuição de horários de funcionamento, de Postos Médicos / Centros de Saúde, de Escolas, de linhas de Caminho de Ferro e outros serviços indispensáveis à qualidade de vida das Populações Rurais". Com um objectivo comum – impedir a desertificação e o despovoamento de vasta regiões.

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Cerca de dois mil agricultores do distrito de Coimbra deixaram de pagar as suas contribuições para a Segurança Social por não disporem de capacidade económica, revelou a Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO).
"É caso para perguntar o que vai ser o futuro destes agricultores e das suas famílias quando chegar a idade da reforma", questiona a Associação que afirma que os números reais serão mais elevados, pois ainda não foi feita uma avaliação exaustiva da situação no distrito.

A Confederação Nacional da Agricultura – CNA, está a realizar um abaixo-assinado em todo o país, para apresentar em breve uma petição à Assembleia da República a reclamar a redução das prestações da Segurança Social.