Braga
Falta
nova correlação de forças
Em conferência de imprensa, com a participação de António Lopes, da Comissão Política, e José Antunes e José Evangelista, da DORBraga e do Comité Central, a Direcção da Organização Regional de Braga considera que o prosseguimento pelo PS da política do anterior governo do PSD tem significado para o distrito «estagnação, perda de dinamismo e de perspectivas no seu desenvolvimento e progresso».
Nenhum dos grandes
défices estruturais em áreas essenciais para o desenvolvimento
está resolvido, dizem os comunistas referindo os atrasos e
adiamentos na concretização de alguns investimentos «que até
constituíam promessas eleitorais» do PS.
As consequências desta política económica e social,
«desenvolvida no quadro dos estreitos critérios nominais para a
entrada na Moeda Única», estão a reflectir-se com particular
gravidade no distrito, colocando os trabalhadores num
«pelotão» cada vez mais atrasado do desenvolvimento social -
baixos salários, elevadas jornadas de trabalho, precarização
do emprego, trabalho infantil, alta sinistralidade no trabalho,
baixas reformas - ao mesmo tempo que grande parte dos pequenos
empresários e agricultores se «vêem sugados pelo grande
capital financeiro».
Mas, para os comunistas, o progresso do distrito não necessita
apenas de uma nova política: necessita de «uma nova
correlação de forças que se traduza num efectivo crescimento
da capacidade política e social, reivindicativa e afirmativa do
distrito nas instituições políticas e no quadro nacional.»
Que só com o PCP pode ser protagonizada.
Assim, no aspecto organizativo, a DORBraga decidiu a criação de dois organismos de direcção - um para a área do Vale do Ave e outro para o Vale do Cávado -, a dinamização de Assembleias de organização e a realização de um conjunto de iniciativas voltadas para os grandes problemas da região.