Lisboa já
tem de volta
o seu Parque de Campismo
No princípio de Maio, o parque Municipal de Campismo de Monsanto reabriu as suas portas após profunda remodelação: alargando o nome para Lisboa Camping, continua a oferecer uns magníficos 40 hectares de parque florestal, surge acrescentado de equipamentos como 70 bungalows, 171 alvéolos normalizados, um anfiteatro para 400 pessoas, um polidesportivo, um mini-golfe com 18 aparelhos e apresenta uma reabilitação global com níveis de qualidade de 4 estrelas, «só disponíveis nos melhores parques de campismo da Europa», conforme se afirmou na ocasião da sua reabertura.
Envolvendo um investimento de dois milhões e 400 mil contos, a renovação do Lisboa Camping foi executada num tempo recorde de cerca de dois anos, resultou de um esforço conjunto da Câmara Municipal de Lisboa e do Turismo de Lisboa e cumpriu o objectivo de reabrir por ocasião da EXPO98, oferecendo aos visitantes nacionais e estrangeiros um grande equipamento de campismo de elevada qualidade. A iniciativa e concretização deste melhoramento partiu do Pelouro do Turismo da Câmara Municipal de Lisboa, de que é responsável o vereador Vítor Costa.
Foi há cerca de dois anos que o Pelouro do Turismo lançou o projecto de recuperação e renovação do Parque Municipal de Campismo de Monsanto, implantado desde 1961 em plena paisagem natural da mata de Monsanto, arrancando este espaço - único na capital - à decadência em que vinha mergulhando há duas décadas (ver intervenção ao lado do vereador Vítor Costa).
Tratou-se de um grande projecto de reabilitação paisagística aprovado por unanimidade pelo executivo camarário da capital e que veio devolver a Lisboa, não apenas o seu único Parque de Campismo, mas uma infraestrutura de turismo e lazer enriquecido na sua capacidade de alojamento, no conforto e segurança das instalações e no alargamento substancial das suas estruturas e serviços.
Lotação para 3000 pessoas
As novas
infra-estruturas instaladas no Lisboa Camping englobam a
construção de 171 «alvéolos» (espaços individuais para
instalação de caravanas que estão totalmente equipados com
água, esgotos, electricidade, recolha de lixos e mobiliário
urbano), a introdução de 70 bungalows devidamente
equipados (há-os para 4, 5 e 6 pessoas) e a disponibilização
de uma área de acampamento orientado com capacidade para 400
lugares, prevendo-se que a lotação total deste parque de
campismo ande perto das 3000 pessoas. Ainda no capítulo das
inovações de equipamentos, assinale-se a introdução de
lavabos separados, de uma lavandaria e de um sistema de guarda de
valores.
Mas as estruturas existentes também foram devidamente
recuperadas e modernizadas. É o caso das piscinas para crianças
e adultos, dos solários, das esplanadas, dos dois campos de
ténis, dos parques infantis, do ringue de patinagem, da área
comercial ou da sala de convívio com televisão e outros
equipamentos. Se juntarmos a tudo isto as áreas para as lavagens
de veículos e de abastecimentos, o restaurante, o bar, o posto
de primeiros socorros, a tabacaria, agência bancária e de
turismo e viagens, as tomadas de corrente para caravanas e tendas
e as diversas lojas, temos um parque de campismo moderno,
sofisticado e capaz de responder ao geral das necessidades dos
seus utentes.
Tudo informatizado
Por acordo entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação de Turismo, o Parque passou a ser gerido por esta última, trabalhando nele cerca de 120 pessoas: 60 contratados pelos diversos concessionários que actuam no vasto recinto e outras 60 em regime de permanência, sendo 20 destes últimos trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa, para ali requisitados e que aceitaram a exclusividade no Parque, e os outros 40 dependentes da Associação de Turismo.
O cuidado posto na segurança do vasto recinto e na qualidade dos diversos serviços levou a que se ministrassem diversos cursos de formação profissional aos seus trabalhadores, nomeadamente nas áreas de informática, primeiros socorros, relações interpessoais, vigilância e controle. Sublinhe-se que todos os serviços estão informatizados, funcionando segundo as normas dos mais modernos e eficazes métodos de gestão, quer se fale na marcação de reservas (e já há dezenas de pessoas em fila de espera) ou no tratamento de qualquer assunto referente aos utentes do Parque.
E do caos se fez Parque
O vereador Vítor Costa, na qualidade de responsável pelo
Pelouro do Turismo da Câmara Municipal de Lisboa, foi quem há
dois anos decidiu meter ombros à recuperação do único parque
de campismo da cidade de Lisboa, projecto complexo que ele
próprio historiou na reabertura do Lisboa Camping, mesmo a tempo
(como, aliás, estava previsto), de também servir os visitantes
da EXPO 98.
«O Parque Municipal de Campismo de Lisboa», recordou Vítor
Costa, «integrado no Parque Florestal de Monsanto, foi
inaugurado em 1961 e, durante muitos anos, foi considerado um dos
melhores, quer pela sua concepção - em parte devida à equipa
dirigida pelo arquitecto Keil do Amaral -, quer pelo seu
magnífico enquadramento ambiental, quer pelo conjunto de
infra-estruturas de que dispunha».
Na sequência do
processo de descolonização o Parque teve que albergar cerca de
400 pessoas que, «por falta de alternativa, nele fizeram a sua
residência permanente».
«Este problema», assinala Vítor Costa, «só seria
oficialmente reconhecido e a sua resolução encarada pelo
Município a partir de 1990, tendo então sido recenseados 251
residentes permanentes, a quem foi atribuído o estatuto de
residentes em regime de excepção».
A partir daí «foi desenvolvido o processo de resolução
daquele grave problema social, através da atribuição de casa
ou de apoios para a sua obtenção a quem comprovadamente delas
necessitava», tendo o problema ficado totalmente solucionado só
em meados do anos passado.
Paralelamente, o Parque foi-se degradando por falta de investimentos e o completo abandono de sucessivas administrações, atingindo uma situação de completa decadência, com infra-estruturas, edifícios e equipamentos em ruínas e sérios problemas de segurança, chegando-se à eminência do encerramento compulsivo pelas entidades competentes, na sequência de inúmeras interpelações.
«Foi neste contexto», afirmou Vítor Costa, «que a CML decidiu proceder à reabilitação do Parque, resolvendo o problema social, pondo fim aos abusos, afectando meios internos para elaborar o projecto de reabilitação, mobilizando os indispensáveis meios financeiros, encontrando uma adequada solução de gestão, garantindo que os erros do passado não se voltarão a repetir», tudo feito «em prazos muito pouco habituais», com a construção de edifícios, vias e equipamentos - praticamente todos novos - executada «em cerca de seis meses e meio e com grande qualidade».
Entretanto, em termos financeiros «foi feita uma engenharia que permitiu mobilizar os cerca de dois milhões e 400 mil contos necessários - cerca de metade provindos do orçamento municipal e o restante conseguido pela Associação de Turismo de Lisboa -, investimento, aliás, recuperável a prazo através da exploração do Parque».
Vítor Costa deu
também relevo à solução de gestão encontrada através de
Protocolo entre a Câmara e a Associação de Turismo de Lisboa
(também presidida por Vítor Costa), «permitindo uma gestão
moderna e eficaz, sendo os respectivos resultados repartidos em
partes iguais entre as duas entidades».
«Esta solução», acrescentou Vítor Costa, «permitiu
integrar, sem qualquer perda de direitos e em condições de
forte motivação profissional, todos os trabalhadores do
Município que optaram por continuar a trabalhar no Parque»,
além de ter tornado possível «definir preços de utilização
não especulativos e bastante competitivos em relação a outros
equipamentos congéneres, nacionais e estrangeiros, mesmo de
inferior qualidade».