EFFAs em vigília
para defender o sector


Trabalhadores dos estabelecimentos fabris das Forças Armadas e das indústrias de defesa vão participar, desde as 14 horas de terça-feira e até às 17 horas de quarta-feira, numa vigília em defesa das empresas e pela garantia dos postos de trabalho e demais direitos.
A iniciativa, marcada pelo STEFFAs/CGTP para as imediações do Ministério da Defesa - que persiste em não dar informação sobre o projecto de reestruturação que tem em marcha -, deverá ser acompanhada de uma greve de 4 horas, no dia 8, nos estabelecimentos fabris do Exército, onde mais de 300 trabalhadores não viram renovados os contratos a termo.
Ao anunciar a jornada de luta, o sindicato refere «factos recentes que indicam estar em preparação o encerramento de toda a área produtiva e comercial das Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento, da Manutenção Militar e do Laboratório Militar» e denuncia «interesses privados no sector, envolvendo empresas cujos accionistas têm responsabilidades nos estabelecimentos e nas próprias Forças Armadas».

«Além das grandes preocupações quanto ao futuro, a falta de diálogo do Governo com os trabalhadores dos EFFAs suscita inquietações imediatas e com reflexos muito concretos no dia-a-dia de milhares de trabalhadores», afirma o sindicato, que quer também «ver urgentemente resolvidas» a revisão de carreiras e respectivos sistemas retributivos, o estatuto de pessoal e todas as reivindicações apresentadas ao secretário de Estado da Defesa.
O STEFFAs sublinha que este é «um sector forte e com futuro», uma vez que «o apoio logístico às Forças Armadas e outros organismos estatais continua a abarcar um leque de necessidades a que os EFFAs são capazes de, com vantagem, dar resposta.


«Avante!» Nº 1283 - 2.Julho.98