As
bizarrias de Shimotori
Os trabalhadores da Optec, empresa de capitais japoneses que fabrica cobre esmaltado em Viana do Castelo, são muitas vezes obrigados a fazer continência ao director de produção, de apelido Shimotori e que usa, alegando razões de segurança, um capacete com as letras «capt», de capitão.
Joaquim Gaspar,
dirigente do STIEN/CGTP, fez estas revelações aos jornalistas
junto às instalações da empresa, na segunda-feira, e revelou
ainda citado pela Agência Lusa que o senhor
Shimotori obriga funcionárias a posarem para ele tirar
fotografias à hora de almoço, trata trabalhadores por nomes de
animais, em japonês, e «chega a querer que os funcionários
joguem com ele o "sumo", uma luta japonesa».
«Ele diz que o espaço em que trabalham é japonês, pelo que a
lei que ali se aplica é a japonesa», acrescentou Joaquim
Gaspar, que pouco antes da conferência de imprensa fora
solicitado para uma reunião com o presidente da Câmara de Viana
e o director da Optec, onde este negou algumas das acusações,
considerando outras como brincadeira.
O dirigente sindical denunciou à imprensa situações que
constituem violação da legislação laboral, pois «os
funcionários que dominam as línguas inglesa, francesa e inglesa
e se deslocam a vários países para contactos com clientes são
qualificados como caixeiros-ajudantes, enquanto os
operadores informáticos estão inseridos na categoria de operadores
fabris, a mais baixa existente na empresa».