Nova
greve na Centralcer
Os trabalhadores da Centralcer cumprem desde segunda-feira passada uma greve parcial de duas horas, em cada um dos quatro turnos de laboração.
Esta paralisação,
que veio juntar-se à greve às horas extraordinárias iniciada
no passado sábado por tempo indeterminado, tem registado grande
adesão, em particular no sector da produção onde atingiu os
100 por cento.
A luta foi decidida na passada semana, em plenário, e visa
obrigar a administração a negociar o Acordo de Empresa. O
Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de Bebidas,
recorda que as razões que levaram à greve do dia 31 de Julho
mantém-se actuais justificando a continuação da luta.
A Solidariedade e apoio do PCP aos trabalhadores grevistas foi manifestada pelo deputado José Benardino, que esteve na passada segunda-feira, nas instalações da empresa.
A Centralcer, com cerca de 1.200 trabalhadores no quadro e outros 250 com vínculo precário, abastece o mercado com cerveja de garrafa e de barril de marca Sagres e sumos Joy.
Os trabalhadores pretendem a revisäo do subsídio de turno e do corte de regalias sociais, nomeadamente a comparticipaçäo nos medicamentos e as baixas, que eram até aqui suportadas em parte pela empresa, para além de protestarem contra os aumentos de três por cento impostos unilateralmente.
Portos paralisados
Os trabalhadores
portuários de Lisboa iniciaram na segunda-feira uma greve de
cinco dias, a qual teve também a adesão dos portuários da
Figueira da Foz. A adesão registada nos primeiros dias atingiu
os 100 por cento.
A paralisação, que já estava marcada desde 7 de Agosto,
concretizou-se depois de uma reunião inconclusiva com o
secretário de Estado Adjunto do ministro do Equipamento,
realizada na passada sexta-feira.
Os trabalhadores lutam em defesa dos seus postos de trabalho, considerando que os diplomas já publicados sobre a reestruturação portuária vão permitir que muitas das funções que actualmente desempenham passem a ser executadas pelas tripulações dos navios.