Reencontros obrigatórios

Canadá, 3.3. 1981; Lion, 3.7. 1971; Moçambique, 2.5. 1998; Itália, 3.7. 1991; Londres, 1.3. 1975. Nas datas e destinos, multiplicados por outras tantas paragens, simbolizados estavam em carimbos de passaporte os locais de chegada de compatriotas nossos que, por motivos vários, incluíndo a busca de melhor vida, rumaram País fora.

Decorando todo o balcão do bar e do "sai-sempre", ao traduzir um momento de partida, representaram também, no Pavilhão da Emigração, um ponto de confluência e de chegada. Este o fio condutor de um espaço que voltou a ser, e cada vez mais, de reencontro e convívio de emigrantes e ex-emigrantes que ali sabem poder obter a desejada informação deste camarada ou amigo, da organização do Partido nesta ou naquela cidade ou região.

Factor este que explica, aliás, em larga medida, a forte afluência ao pavilhão, que, como em anos anteriores, voltou a ser uma realidade. João Armando, responsável pelo sector, disso mesmo nos dá conta, lembrando, a propósito, a presença de camaradas, em férias, de proveniências tão diversas, para só citar alguns, como a Austrália, a Holanda, a Suécia, a França, o Brasil, a Bélgica ou a Alemanha.

A caracterizar o espaço, tão marcante quanto esta forte presença e diversidade, só mesmo a disponibilidade revelada e o contributo dado por esses militantes comunistas na organização e funcionamento do pavilhão durante os três dias de Festa.

Um contributo que não se esgotou nos turnos de trabalho a servir a salsicha alemã (que esgotou sábado à noite a quantidade inicialmente prevista para os três dias) ou o champagne da região francesa que lhe deu o nome - uma novidade este ano servido à taça ou à garrafa - , mas que teve igualmente expressão no apoio à divulgação das posições do PCP relativamente aos problemas dos emigrantes portugueses.

Mensagem política que foi igualmente veiculada através dos painéis da exposição política onde era possível conhecer não apenas a intervenção e ligação das organizações do PCP junto dos emigrantes nos respectivos países de acolhimento, como também a actividade desenvolvida pelo Sector de Emigração, sediado em Lisboa, que, por exemplo, editou para a Festa um número especial do seu Boletim "Emigração", largamente distribuído aos visitantes.

J.C.


«Avante!» Nº 1293 - 10.Set.98